Decisão da Unidade para a Integridade no Atletismo retira título à equipa turca Batman Petrol e consagra as bracarenses como vencedoras da TCCE
O Sporting Clube de Braga foi oficialmente declarado campeão europeu feminino de corta-mato de 2024, após a desclassificação da equipa turca Batman Petrol devido a um caso de doping envolvendo a atleta Sultan Haydar. A decisão foi anunciada esta terça-feira pela Unidade para a Integridade no Atletismo (AIU), que suspendeu a maratonista turca por dois anos, com efeitos a partir de 31 de janeiro de 2024.
Haydar, que havia conquistado o segundo lugar individual na Taça dos Clubes Campeões Europeus (TCCE) de corta-mato, realizada a 21 de fevereiro em Albufeira, foi desclassificada por ter recusado submeter-se a um controlo antidoping fora de competição. Esta infração levou à anulação dos seus resultados posteriores, o que, em termos coletivos, privou o Batman Petrol do título europeu e promoveu o SC Braga ao primeiro lugar.
Bracarenses conquistam o 9.º título europeu
Com esta atualização, a equipa do SC Braga, composta por Asmarech Yeshaneh, Mariana Machado, Vanessa Carvalho e Solange Jesus, sobe ao lugar mais alto do pódio e vê reconhecida uma prestação que já havia sido considerada de elevado nível competitivo.
As bracarenses passam agora a somar nove títulos europeus coletivos de corta-mato: 1987, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 2024 e 2025. Este é o primeiro título europeu sénior do clube em mais de 30 anos, consolidando o renascimento da hegemonia do SC Braga na disciplina de fundo.
Doping anula outros resultados da atleta turca
Além da TCCE, a suspensão de Haydar invalida também os resultados obtidos na Maratona de Doha, onde terminou no oitavo lugar, e na Meia Maratona de Praga, onde foi quinta classificada. A atleta, recordista turca da maratona, vê assim o seu histórico recente apagado das competições oficiais.
A decisão reforça o papel da AIU no combate à dopagem no atletismo internacional e permite uma justa reatribuição de títulos, garantindo que os princípios da ética desportiva são respeitados.
A Federação Portuguesa de Atletismo e o SC Braga já reagiram com satisfação à decisão, enaltecendo o trabalho da equipa feminina minhota e o reforço da justiça no desporto.