Nova estátua de D. Afonso Henriques inaugurada em Ponte de Lima

Escultura monumental em bronze celebra o fundador da nacionalidade no âmbito dos 900 anos da Carta de Foral

Foi inaugurada esta sexta-feira, nos jardins junto à entrada da Expolima, em Ponte de Lima, uma nova estátua de D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. A escultura, de três metros de altura e três toneladas de bronze, é da autoria do escultor galego Elías Cochón Rei, e representa um investimento da autarquia de cerca de 40 mil euros (mais IVA).

Integrada nas Comemorações dos 900 Anos da Carta de Foral de Ponte de Lima, a obra pretende homenagear a ligação histórica do monarca à vila limiana, cuja fundação foi concedida em 1125 por sua mãe, D. Teresa, com envolvimento direto de D. Afonso Henriques.

Um símbolo de realeza e legado histórico

A estátua apresenta o rei em idade adulta, com coroa adornada de pedras preciosas, loriga de malha metálica, túnica e manto régio. Nas mãos, D. Afonso segura um escudo com as Quinas e uma cruz e uma espada robusta de cavaleiro, símbolos de soberania e bravura.

A obra foi concebida com base num projeto de Joana Silva e construída ao longo de quatro meses. Encontra-se assente sobre um pedestal de granito, integrando-se harmoniosamente no espaço verde da vila.

Cerimónia solene com música e figuras públicas

A cerimónia contou com a presença de várias personalidades, entre as quais Vasco Ferraz, presidente da Câmara Municipal, António Cunha, presidente da CCDR-Norte, e o escultor Elías Cochón Rei. O momento foi abrilhantado com um recital de Beatriz Patrocínio (soprano) e Vera Fonte (piano), duas jovens artistas limianas.

D. Afonso Henriques e Ponte de Lima: laços históricos

A autarquia destaca a forte ligação de D. Afonso Henriques à vila: “A sua presença está documentada em 1124, na doação de terras em Refoios do Lima, onde viria a nascer o Mosteiro de Santa Maria de Refoios, um dos mais importantes da região”. A estátua pretende eternizar essa memória, reforçando a identidade histórica do concelho.

Além das evidências documentais, a presença do monarca também é evocada em tradições orais locais, como a Lenda da Cabração e a Lenda do Rego do Azal, que alimentam o imaginário popular da região.