A variante da EN14 entre Maia e Famalicão, uma obra aguardada há várias décadas, vai entrar em funcionamento na sua totalidade esta sexta-feira, com a cerimónia de inauguração marcada para as 15h00 no tabuleiro da nova ponte sobre o rio Ave.
Tráfego e importância da via
A EN14 é uma estrada com tráfego intenso, que ultrapassa os 20 mil veículos por dia. A nova variante permitirá descongestionar este eixo, que em alguns pontos apresenta características semelhantes a uma via urbana. Esta estrada é crucial para o transporte de mercadorias, especialmente dos camiões gerados pelas indústrias locais.
Destaca-se a Continental, fabricante de pneus e uma das maiores exportadoras nacionais, cuja fábrica em Lousado é um dos principais motores económicos da região. A empresa, que adquiriu há décadas o antigo fabricante português Mabor, beneficiará da nova via, que oferece uma alternativa moderna e eficiente à estrada histórica.
Fases da obra e investimento
A variante à EN14 está a ser construída em várias fases. A segunda fase, com um troço de dez quilómetros entre a Via Diagonal (Maia) e o interface rodoferroviário da Trofa, foi inaugurada a 14 de julho deste ano.
O último troço, que agora abre ao trânsito, liga a Trofa a Santana, em Famalicão, e tem 2,4 quilómetros de extensão, incluindo uma nova ponte sobre o rio Ave. Este lanço representou um investimento de 12 milhões de euros, segundo a Câmara Municipal de Famalicão.
Cerimónia de inauguração
O evento contará com a presença do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, dos presidentes das câmaras de Famalicão e da Trofa, Mário Passos e António Azevedo, respetivamente, assim como da vice-presidente da Câmara da Maia, Emília Santos, e do vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes.
Benefícios esperados
Segundo a Câmara de Famalicão, esta nova ligação “é de grande importância para a mobilidade e melhoria das acessibilidades na região”. A variante deverá:
- Descongestionar o trânsito na EN14;
- Melhorar a segurança rodoviária;
- Promover acessos mais eficientes às zonas empresariais locais.
Esta obra é, assim, vista como fundamental para o desenvolvimento económico e para a qualidade de vida das populações da região.