PSD aposta em áreas metropolitanas e coligações alargadas para recuperar liderança

O PSD vai concorrer às autárquicas de 12 de outubro com mais de 150 coligações, sobretudo com o CDS-PP, mas também com a Iniciativa Liberal (IL), e aposta fortemente nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto para tentar recuperar a liderança autárquica, perdida em 2013.

O objetivo traçado por Luís Montenegro é reconquistar a presidência da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), hoje dominadas pelo PS, que detém mais 35 câmaras do que os sociais-democratas.

Estratégia eleitoral

Segundo o coordenador autárquico Pedro Alves, o PSD apresentará candidaturas em 305 dos 308 municípios do país:

  • Sozinho em 149 autarquias.
  • Em coligação em 156, das quais:
    • 114 apenas com o CDS-PP (os democratas-cristãos lideram em 4).
    • 6 apenas com a IL.
    • 17 que juntam PSD, CDS e IL.
    • 19 alargadas a outros partidos, como MPT ou PPM.

A direção do partido sublinha que, tal como em 2021, não haverá qualquer acordo com o Chega.

Apostas-chave

  • Lisboa: recandidatura de Carlos Moedas, agora também apoiado pela IL, após negociações difíceis com o CDS-PP.
  • Porto: candidatura do ex-ministro Pedro Duarte, com apoio do CDS e IL, na tentativa de recuperar a segunda maior autarquia do país, após três mandatos de Rui Moreira.
  • Oeiras: apoio ao independente Isaltino Morais.
  • Setúbal: apoio à ex-autarca comunista Maria das Dores Meira, decisão contestada localmente.
  • Figueira da Foz: lista encabeçada por Pedro Santana Lopes em coligação PSD/CDS.

Contexto eleitoral

Após os maus resultados em 2013 e 2017, com 106 e 98 câmaras respetivamente, o PSD recuperou algum fôlego em 2021, conquistando 114 autarquias (72 sozinho e 42 em coligação), incluindo Lisboa, Coimbra, Portalegre e Funchal.

Agora, Montenegro aposta em manter bastiões como Lisboa ou Cascais e conquistar autarquias que mudam obrigatoriamente de presidente, como Porto, Gaia ou Sintra.

Outros destaques

  • O PSD apoiará independentes em oito concelhos, incluindo Marinha Grande e Idanha-a-Nova.
  • O partido apresenta 48 mulheres candidatas a câmaras (15% do total).
  • 19 autarcas sociais-democratas não se podem recandidatar por limite de mandatos, incluindo nomes emblemáticos como Carlos Carreiras (Cascais), Ricardo Rio (Braga) e Ribau Esteves (Aveiro).
  • Sete candidatos do PSD são deputados em funções, que terão de abandonar o Parlamento em caso de vitória.

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