Derbi concelhio, os Conquistadores foram Cónegos

Numa tarde de muito calor, um dérbi concelhio que trouxe uma boa moldura ao estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, 4210 espetadores assistiram á vitória do Moreirense perante o seu vizinho Vitória.

Num jogo repartido, a equipa dos Cónegos, a ser mais eficaz e nas suas oportunidades de golo a marcar.

Numa primeira parte onde o Vitória entrou melhor na partida, criando uma das suas melhores oportunidades de golo, logo no primeiro minuto por intermédio de Nelson Oliveira, e tentando tomar conta do jogo desde o apito inicial da partida, conseguindo em parte os seus intentos, houve um Vitória melhor que o Moreirense na primeira parte, mas sem criar lances de perigo para a baliza de Caio Seco.

Na segunda parte o Moreirense entrou a todo o gás e em menos de 5 minutos marcou os seus 2 golos, Gabriel Schettine em dias ocasiões apareceu á ponta de lança, primeiro com o pé depois de cabeça a fazer o resultado que seria o final, tendo ainda mais uma boa oportunidade de fazer o Hattrick, mas a bola bateu num jogador vitoriano e deu canto, o Vitória demorou a levantar-se depois desta entrada de rompante por parte da equipa de Vasco Botelho, e mesmo depois das substituições efetuadas por Luís Pinto, deu sempre a sensação que dificilmente a equipa Vitoriana reverteria a situação.

Poucos lances de perigo junto á área de Caio Seco, onde o único perigo relativo foi conseguido através de lances de bola parada, mas sem nunca ser efetivamente perigoso.

Uma vitória que acaba por ser justa por parte de um Moreirense eficaz, e que aproveitou uma segunda parte muito abaixo por parte do Vitória como Luís Pinto, afirmou na conferência de imprensa, deixando vários recados para dentro do balneário.

O árbitro João Pinheiro teve uma boa atuação, deixando jogar e passando despercebido no jogo, que é o melhor elogio que podemos fazer.

Vasco Botelho da Costa, treinador do Moreirense, na sala de imprensa, após vitória por 2-0 frente ao V. Guimarães, na terceira jornada da Liga:

«Se pudesse estava 90 minutos dentro da área adversária, mas estávamos a jogar com o Vitória que tem bons jogadores e um bom treinador. Tivemos alguma dificuldade em quebrar a primeira linha de pressão, mas estivemos sempre a tentar em função daquilo que temos trabalhado, sem expor demasiado ao erro. Na segunda parte ajustamos, conseguimos quebrar a primeira linha de pressão do Vitória e começámos a criar bastante desconforto no adversário. Fomos muito competentes e conseguimos aproveitar as oportunidades que criámos.»

[Substituição e o que disse aos jogadores ao intervalo] «Conhecemos bem os jogadores, o Ofori não estava a fazer um mau jogo, mas precisávamos da capacidade que o Assis tem em levar o jogo para a frente. Ao intervalo passamos um reforço positivo, fazer com que eles percebessem o que não estava a dar e o que era preciso de fazer para passar a dar. Temos um plantel versátil, com diversas soluções e depois saber perceber o que perceber em cada jogo. Foi isso que fizemos. Nós fomos mais competentes na organização ofensiva e era o único momento em que não estávamos bem.»

[Futuro de Afonso Assis] «Aquilo que ele fez na segunda parte mostra que ele está preparado. Se para o Vasco Botelho da Costa a idade é só um número, para os jogadores também porque confiámos em todos. O Afonso tem 19 anos, mas entende o jogo muito bem, tem muita competência tática, trabalha connosco e está disponível para jogar quando entendemos. Confiamos neles e não temos problemas em lançar os jogadores.»

[O que fazer para o Moreirense não embandeirar em arco?] «O Moreirense tem de se focar no trabalho que foi aquilo que nos trouxe até aqui. Não temos de nos agarrar ao resultado. Temos um objetivo claro que são os 35 pontos, mas não é para isso que trabalhamos diariamente. Queremos entrar em todos os campos com condições de ganhar o jogo. Sabemos que para conseguir isso temos de ser competentes na nossa ideia.»

«Ficamos na história do clube pelo melhor arranque de sempre, mas é uma pequena marca, vale o que vale. Temos de continuar a crescer do ponto de vista ofensiva. Jogar contra o Vitória e conseguir que eles fiquem longe da nossa baliza, mostra que já estamos num nível elevado».

Luís Pinto, treinador do V. Guimarães, na sala de imprensa, após derrota por 2-0 frente ao Moreirense:

«Na primeira parte conseguimos ser muito pressionantes e conseguimos tirar as intensões ofensivas do Moreirense. Faltou-nos agressividade no ataque à baliza. Na segunda parte ficamos no balneário e esses dois golos tornam o jogo muito diferente do que foi a primeira parte. Não podemos admitir uma prestação destas.

[Como se justifica a apatia na 2.ª parte?] Sentimos muito os golos. Por termos sido tão dominadores no que diz respeito à inoperância ofensiva do Moreirense, que não conseguiu chegar à nossa baliza, sentimos que era pouca coisa para ser alterada para chegar ao golo. Mas essa pouca coisa que faltava, era preciso continuar a fazer o que estava a ser bem feito na primeira parte. Na segunda parte fomos inexistentes quanto à atitude competitiva e mais ainda por ser um dérbi. Não fomos dignos de representar o Vitória na segunda parte.

[como é que a equipa vai ser recebida no próximo jogo em casa?] Compreendo o manifesto de desagrado que houve neste jogo e cabe-nos mudar essa imagem. Estamos a jogar um dérbi fora onde a nossa massa adepta se faz sentir. Na segunda parte fomos os responsáveis por eles nos vaiarem e temos de nos preocupar no trabalho e não como vamos ser recebidos.

[qual a explicação para a diferença entre as duas partes?] Julgo que tem a ver com a resposta adversária e é preciso continuar a fazer bem feito o que estava a ser bem feito. Entrámos com uma postura corporal muito diferente da primeira. Não fomos mentalmente preparados para a segunda parte como fomos para a primeira».

Ficha de jogo

Jogo no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos, Guimarães.

Moreirense – Vitória SC, 2-0.

Ao intervalo: 0-0.

Marcadores

1-0, Schettine, 47 minutos.

2-0, Schettine, 49.

Equipas

– Moreirense FC: Caio Secco, Dinis Pinto, Marcelo, Maracás (Gabriel Batista, 80), Francisco Domingues (Álvaro Martínez, 80), Stjepanovic, Ofori (Afonso Assis, 46), Alanzinho, Cédric Teguia, Kiko Bondoso (Yan Lincon, 70) e Schettine (Landerson, 70).

(Suplentes: André Ferreira (GR), Mika (GR), Gilberto Batista, Álvaro Martínez, Afonso Assis, Jimi Gower, Joel Jorquera, Landerson e Yan Lincon).

Treinador: Vasco Botelho da Costa.

– Vitória SC: Charles, Miguel Maga (Alioune Ndoye, 56), Miguel Nóbrega, Rodrigo Abascal, Vando Félix, Tiago Silva (Beni Mukendi, 77), Tomás Händel, João Mendes (Lebedenko, 77), Nuno Santos (Oumar Camara, 57), Gustavo Silva e Nélson Oliveira (Telmo Arcanjo, 65).

(Suplentes: Juan Castillo, Paulo Vítor, Lebedenko, Beni Mukendi, Mitrovic, Oumar Camara, Fabio Blanco, Telmo Arcanjo e Alioune Ndoye).

Treinador: Luís Pinto.

Árbitro: João Pinheiro (AF Braga).

Ação disciplinar: cartão amarelo para João Mendes (17), Afonso Assis (63), Maracás (68), Vando Félix (74), Caio Secco (83), Dinis Pinto (87) e Gabriel Batista (90).

Assistência: 4.210 espetadores.

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