O SC Braga empatou este domingo frente ao AFS (2-2), em jogo da terceira jornada da Liga Portugal.
A primeira ocasião clara surgiu aos 11 minutos, quando Pau Victor atirou ao lado da baliza adversária. Aos 21 minutos, Roger foi derrubado na área e o árbitro assinalou grande penalidade, convertida com sucesso por Zalazar, colocando os bracarenses em vantagem.
O AFS respondeu pouco depois, empatando por intermédio de Rafael Barbosa. Já perto do intervalo, Diego Duarte consumou a reviravolta, estabelecendo o 1-2. Antes disso, Zalazar ainda tinha ficado perto de marcar novamente, mas acertou no poste após um canto.
Na segunda parte, o SC Braga assumiu o controlo da partida, mas encontrou dificuldades em ultrapassar a defesa adversária. O golo da igualdade acabou por surgir aos 87 minutos, quando Lelo cruzou para Navarro, que marcou de cabeça.
Apesar da pressão final, o resultado não sofreu alterações e o jogo terminou empatado a duas bolas.
O SC Braga volta a entrar em campo na próxima quinta-feira, diante do Lincoln Red Imps, na segunda mão do play-off da Liga Europa.
Carlos Vicens, treinador do Sp. Braga, não tem dúvidas em afirmar que este foi o melhor jogo da equipa desde a sua chegada. O técnico lembrou que os bracarenses dominaram por completo o encontro e referiu que só faltou qualidade na tomada de decisão para o último passe. Afirmou, ainda, que o cansaço não é justificação para a igualdade.
Considera o resultado justo?
Em partidas como esta, em que somos tão superiores, onde o adversário não consegue gerar nada, temos de ser capazes de conseguir meter o último passe para completar as imensas jogadas que geramos. Foi o melhor jogo desde que aqui cheguei, em termos de controlo de jogo, em termos de superar a equipa rival, e temos de ser capazes de chegar à vitória. Ficamos tristes por não poder dedicar a vitória aos adeptos que nos apoiaram de início ao fim. Foi um jogo que nós mesmo complicamos. A gestão na segunda parte, a gestão de não permitir o contra-ataque, a decisão com bola, foi muito boa. Por isso, nesse sentido, estou satisfeito com a equipa. À parte da frustração de não poder dar a vitória aos nossos adeptos, saio satisfeito com a exibição da equipa.
Entrada de Fran Navarro foi tardia?
Foi a decisão do treinador.
O que é preciso para a equipa criar mais oportunidades?
Não penso que tomamos más decisões. Acho que o que nos faltou foi a qualidade para encontrar um companheiro na área. A quantidade de vezes que um jogador do Sp. Braga esteve perto da baliza com possibilidades de criar perigo, foram muitas. Foi o jogo em que fomos mais superiores ao adversário. Para conseguir marcar, temos de gerar as ocasiões que nós geramos. Faltou a qualidade no último passe. Preocupava se tivéssemos estas oportunidades com menos chegadas à área.
Estar a perder pela primeira acaba por servir de teste?
Não nos surpreendeu nada a equipa adversária. Foi o primeiro jogo em que estivemos a perder e acaba por ser um bom teste para ver como a equipa se comporta. A exibição que a equipa teve na segunda parte, mostra que estamos preparados. Ainda assim, temos de melhorar num próximo jogo, os jogadores tiveram um bom comportamento.
Depois do 1-0 a equipa relaxou?
Temos de minimizar os erros. Deixamos que a equipa do Aves chegasse ao golo, com erros que não podemos cometer, mas não podemos olhar para essas jogadas de forma isolada. Temos de olhar para um todo e, como disse, fizemos o melhor jogo até hoje. Numa partida em que o adversário faz tão pouco, temos de conseguir alcançar a vitória.
Cansaço da equipa justifica o empate?
Não podemos usar o cansaço como desculpa. Temos que continuar a jogar e ser capazes de ser mais eficazes.
Paulo Sousa, treinador-adjunto do AVS, lembrou, na sala de imprensa, que o empate em Braga é muito motivador. O técnico mostrou-se satisfeito com a exibição da equipa e com o espírito de sacrifício dos jogadores, acabado por considerar o resultado justo, mesmo reconhecendo que os bracarenses tiveram mais bola.
Sai satisfeito com o resultado?
Não vamos satisfeitos porque sofrer um golo em cima dos 90 nunca nos deixa satisfeitos. Contudo, no geral, com tudo o que aconteceu, o resultado acaba por ser justo. É normal que na segunda parte o Sp. Braga tivesse mais bola porque jogámos com uma equipa que, até à data, tinha sofrido apenas um golo e marcar dois golos em Braga é bom. Estamos a precisar de pontos e é normal que a equipa se encolha um pouco. Depois queríamos aproveitar os espaços que o Sp. Braga dava nas costas e aí é que falhámos, não tivemos boas tomadas de decisões. O jogo não foi muito rico em oportunidades e, apesar de haver um maior caudal ofensivo do Sp. Braga, não criou grande coisa.
Lance de penálti perto do intervalo. O que lhe parece?
Para ser sincero, não vi as imagens e por isso não vou falar sobre isso.
Dar iniciativa de jogo ao Sp. Braga foi propositada?
Não é estratégia dar a bola ao adversário e jogar em bloco baixo. Claro que o Sp. Braga, na segunda parte, precisava de ganhar e pela capacidade que tem, é normal ter maior caudal ofensivo. Não houve grandes oportunidades e o que nos faltou foi a tomada de decisão nas saídas. Isso é fruto da imaturidade de alguns jogadores, mas futuramente vão ser melhores e tomar melhores decisões.
Este ponto, por ser na casa do Sp. Braga, é motivador para a equipa?
É muito motivador. Viemos jogar ao campo do Sp. Braga, uma equipa que luta por outros objetivos, e vir cá fazer dois golos e estar a vencer até ao fim, é motivador. Parabéns aos nossos jogadores, pelo sacrifício e pela capacidade de sofrimento.