O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP, Paulo de Morais, assumiu a derrota nas eleições autárquicas deste domingo e felicitou Luís Nobre, reeleito presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo pelo Partido Socialista, que garantiu um segundo mandato com maioria absoluta.
“Os vianenses votaram bem. Em democracia o povo vota sempre bem e respeitamos os resultados. Quero saudar o presidente reeleito e desejar-lhe sucesso na sua função. Contará, por parte da AD, com uma lealdade crítica na Câmara — os nossos programas são distintos, mas haverá uma oposição leal da nossa parte”, afirmou Paulo de Morais.
Luís Nobre manteve o PS na liderança da autarquia, conquistando 42,76% dos votos e elegendo cinco vereadores, a mesma composição do atual executivo. A coligação PSD/CDS-PP obteve 28,02%, garantindo três vereadores, enquanto o Chega, com 14,98%, elegeu Eduardo Teixeira. Fora do executivo ficou a CDU, que, com 4,23%, não conseguiu manter representação após 12 anos de presença na câmara.
Em declarações à Lusa, Paulo de Morais sublinhou o crescimento da Aliança Democrática (AD) face a anteriores eleições:
“Foram largos milhares de votos, mais do que nas últimas eleições. Elegemos novas Juntas de Freguesia, o que é positivo. Falhámos, sim, o objetivo principal — ganhar a Câmara.”
O candidato reconheceu o resultado com humildade e prometeu um mandato ativo na oposição:
“Cá estarei, eu e os meus colegas, a cumprir com lealdade o nosso mandato, na defesa do concelho, percebendo que a maioria foi dada ao atual presidente.”
Questionado sobre as razões da derrota, Paulo de Morais rejeitou a ideia de falhas na campanha, defendendo que o resultado faz parte do processo democrático:
“A democracia não é um campeonato de futebol. Apresentámos o nosso programa e a nossa equipa, mas a população de Viana entendeu validar um projeto que está em vigor há 30 anos. O povo em democracia tem sempre razão.”
O social-democrata garantiu ainda que vai assumir o mandato no executivo municipal, comprometendo-se com os eleitores:
“Uma candidatura é um contrato. Candidatei-me a um projeto, com uma equipa, e cumprirei o meu mandato. Estarei nas reuniões de Câmara, no diálogo permanente com os vianenses, a defender o que considero melhor para o concelho. A AD cresceu, e respeitarei tanto a maioria como a minoria que confiou em nós.”
































