PCP denuncia rejeição de propostas “relevantes” para o distrito no Orçamento do Estado de 2026

Comunistas criticam chumbo da Variante do Cávado, nova ala cirúrgica no Hospital de Braga e ligação ferroviária direta entre Braga e Guimarães.

A Comissão Concelhia de Braga do PCP criticou esta terça-feira a rejeição, no debate da especialidade do Orçamento do Estado para 2026, de várias propostas consideradas fundamentais para o distrito. Entre elas estão a construção da Variante do Cávado e de uma nova ala cirúrgica no Hospital de Braga, medidas que o partido sublinha serem consensuais entre as forças políticas locais.

As propostas apresentadas incluíam ainda a criação de uma ligação ferroviária direta entre Braga e Guimarães, a requalificação da EN 101 e um programa de apoio à comunicação social regional e local. Todas foram chumbadas na Assembleia da República.

Em conferência de imprensa, João Baptista, da Organização Concelhia de Braga do PCP, recordou que algumas destas medidas já tinham sido aprovadas por unanimidade na Assembleia Municipal de Braga, como no caso do reforço do Hospital de Braga. Sublinhou que este padrão de rejeição “não é novidade” e se repete há vários anos, classificando como “hipocrisia” a divergência entre o discurso em período eleitoral e o comportamento parlamentar dos partidos com representação local que também integram a AR.

Também Belmiro Magalhães, da Comissão Política do PCP, criticou PSD, CDS e PS, afirmando que as preocupações manifestadas nas campanhas autárquicas não se traduzem nas votações nacionais. Sublinhou que os partidos à direita “fazem o contrário do que disseram na campanha” e que o PS “fica no meio da ponte”, contribuindo para o chumbo das propostas.

Para o PCP, o Orçamento do Estado para 2026 é “muito negativo”, com impacto direto nas condições de vida dos trabalhadores, contrariando, segundo o partido, a narrativa apresentada pelo Governo e pelo PS durante o debate orçamental.

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