Passagem de testemunho a Ponta Delgada assinala um ano marcante para a vida cultural da cidade
Braga passou este domingo o testemunho de Capital Portuguesa da Cultura a Ponta Delgada, numa cerimónia realizada no Theatro Circo que assinalou o encerramento oficial da Braga 25, considerada “um ano marcante para a vida cultural da cidade”.
João Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Braga, sublinhou que a cultura continuará a ser uma prioridade política: “A cultura é uma forma de governar melhor, de criar comunidade e de formar cidadãos mais livres, críticos e participativos. Braga chega ao fim deste ano mais confiante, mais aberta e mais exigente, e uma cidade que vive um ano assim não pode voltar ao normal como se nada tivesse acontecido. O legado da Braga 25 continua, circula e inspira.”
Na passagem do testemunho a Ponta Delgada, João Rodrigues salientou ainda o significado simbólico do momento: “Não entregamos apenas um título, entregamos uma ideia: a de que a cultura pode ser motor de coesão, criação e futuro em todo o território.”
A ministra da Cultura, Margarida Balseiro Lopes, destacou que o programa Capital Portuguesa da Cultura visa criar um legado que vá muito além do ano do título, afirmando que, no caso de Braga, “é absolutamente seguro que esse legado vai perdurar ao longo dos anos”.
Kátia Guerreiro, comissária de Ponta Delgada 2026, enfatizou a colaboração entre as duas cidades: “Temos trabalhado em estreita articulação com a Braga 25 e assumimos agora, com grande sentido de responsabilidade, este novo ciclo.”
Até outubro de 2025, o programa Braga 25 integrou cerca de 1.200 atividades, incluindo ações de formação, capacitação, mediação e participação. Destacam-se 253 espetáculos e 95 exposições, que mobilizaram quase 1,5 milhões de espetadores, sem contar grandes eventos de espaço público como o Programa de Abertura, Braga Romana ou a Noite Branca.
Ao longo do ano estiveram envolvidos cerca de 1.200 artistas, metade dos quais locais, e 19% internacionais, evidenciando a combinação entre enraizamento no território e abertura ao exterior.
A cerimónia de encerramento incluiu um espetáculo artístico que reuniu a Ent’Artes – Escola de Dança, de Braga, e o Estúdio 13, de Ponta Delgada.































