Mais de 20 anos depois de ter chegado a Londres para liderar os comandos do Arsenal F. C., o treinador francês Arsène Wenger vai abandonar o clube.
Arsène, 68 anos, tinha assinado, no verão passado, um contrato até junho de 2019, mas a direção e o técnico entenderam ser altura de encerrar o ciclo, que começou em 1996.
O anúncio foi feito, esta sexta-feira de manhã, pelo próprio treinador, através de um comunicado publicado no site do clube inglês, intitulado “Merci Arsène” (Obrigada Arsène).
“Depois de uma análise cuidadosa e de conversações, sinto que é o momento certo para deixar o clube, no final da temporada”, escreveu o francês, acrescentando estar “grato” por ter tido o “privilégio” de servir aquela instituição “por tantos anos memoráveis”.
“Estive à frente do clube com total comprometimento e integridade. Quero agradecer à equipa, aos jogadores, aos diretores e aos adeptos que tornam este clube tão especial. Peço aos adeptos que apoiem a equipa para terminar em alta. A todos os amantes do Arsenal, cuidem dos valores do clube. O meu amor e apoio para sempre”, pode ler-se na nota.
Ao serviço dos “gunners”, Wenger venceu sete Taças de Inglaterra, sete Supertaças inglesas e três campeonatos. Um deles ficou para a história, porque foi conseguido sem derrotas ao longo de 34 jornadas. Antes de 1996, o ex-jogador francês tinha treinado o clube japonês Nagoya Grampus Eight durante um ano (1995 – 1996) e os franceses Mónaco (1987 – 1994) e Nancy (1984 – 1987).
O Arsenal é sexto classificado da Liga inglesa, já foi eliminado da Taça de Inglaterra e perdeu a final da Taça da Liga, único troféu que Wenger não venceu, mas está nas meias-finais da Liga Europa, nas quais vai defrontar o Atlético de Madrid.