Brigadas verdes limpam rios e plantam árvores em 20 freguesias. São todos voluntários.
A candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia, gorada esta semana e cuja renovação já foi anunciada para 2021, deixou o legado de ter criado 20 brigadas verdes compostas por mais de 2000 soldados ambientais. São cidadãos do concelho de Guimarães, voluntários de todas as idades, que se juntam regularmente para realizarem iniciativas amigas do ambiente.
As brigadas verdes foram constituídas pelas juntas de freguesia com apoio da Câmara. As mais pequenas são compostas por 50 pessoas mas há algumas, como na vila de Ponte, que têm 200 soldados. Anteontem, foi criada a 15ª brigada verde, na freguesia de Pencelo, e ontem nasceu a 16ª, em Guardizela. Estão mais quatro na calha: União de Freguesias de Airão e Vermil, União de Atães e Rendufe, União de Candoso e Mascote los e Sande São Martinho.
A maioria das brigadas verdes planta árvores, limpa os rios e sensibiliza a população para as questões ambientais. “A questão ambiental é central enquanto humanidade, enquanto país, concelho ou freguesia”, refere Domingos Bragança, presidente da Câmara, para quem a candidatura falhada a Capital Verde Europeia “reforça a vontade de trabalhar pelo ambiente”.
Em Pencelo, cerca de 50 voluntários plantaram 15 árvores e limparam as margens do rio Selho. Já antes a atividade tinha sido feita em Aldão, Brito, Creixomil, Fermentões, Gonça. Longos, Moreira de Cónegos, Nespereira, Ponte, São Torcato, União de Briteiros e Donim, Caldelas, Silvares e escola Cisave, as brigadas verdes existentes no concelho.
Daniela Ribeiro, de 37 anos, é soldado ambiental em Pencelo “para criar um ambiente sustentável para as crianças”. Mas as crianças também participam, como Inês Ramos, de quatro anos, que foi com o pai plantar uma árvore. “Põe-se o ramo no buraco, mete-se terra e rega-se com água”, ensina a pequena.