O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, garantiu, este sábado, que o Governo fará o que estiver ao seu alcance para minorar os efeitos dos incêndios. Inclusive, a requisição civil de meios aéreos.

“Vamos ponderar todas as soluções e, até, numa situação limite, a requisição civil de meios aéreos”, declarou Eduardo Cabrita aos jornalistas, na Lousã, onde participou numa sessão de formação sobre comportamento do fogo e segurança das populações, em que participam cerca de 50 habitantes de zonas como Pedrógão Grande ou Castanheira de Pera.

“Nós estamos a preparar um sistema que disponibilize os meios aéreos todo o ano, com mais versatilidade, mais qualidade, recorrendo a todos os mecanismos”, incluindo “nacionais, internacionais, de várias origens”, adiantou o governante, que reiterou a intenção de colocar a Força Aérea Portuguesa a gerir estes meios. “A participação reforçada da Força Aérea, esse é o futuro, dar à Força Aérea o comando da gestão de meios aéreos.”

Eduardo Cabrita confirmou ainda a notícia avançada hoje pelo “Diário de Notícias” e “Expresso” que diz que o Governo vai denunciar o contrato com a empresa Everjets que faz a manutenção dos helicópteros Kamov, indo contratar outra entidade por ajuste direto.

“O que está em causa é a verificação reiterada de incumprimento e incapacidade, que é determinada pela Autoridade Nacional de Aviação Civil”, afirmou, em relação à Everjets, comentando ainda: “É verdade que há cerca de cinco milhões de euros de penalidades, mas penalidades não salvam vidas.”

O governante justificou o recurso a um procedimento mais célere do que o concurso público. “É por ajuste direto, a urgência levará, como temos dito, a mobilizar todos os meios.”