ó sete em cada dez portugueses utilizam a Internet e temos de conseguir que sejam nove em cada dez”, disse o ministro, que estabeleceu um prazo de dez anos para se atingir este objetivo, através de um esforço de mobilização que passa por eventos como aquele que decorre este fim-de-semana em Setúbal.
“Esta iniciativa está a desempenhar um papel importante e é um exemplo para outras zonas do país, do tipo de iniciativa, de mobilização de escolas, empresas e, sobretudo, do papel mobilizador do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS)”, acrescentou Manuel Heitor.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior falava à agência Lusa depois de presidir à sessão de abertura da feira tecnológica E-Tech 2018, um evento organizado pela Edugep – Concepção, Desenvolvimento e Gestão de Projetos de Natureza Educacional, Social e Cultural Lda., ANPRI – Associação Nacional de Professores de Informática, AISET – Associação da Indústria da península de Setúbal e Câmara Municipal de Setúbal, que pretende promover a divulgação do `digital´ e do seu potencial para a região e para o país.
“Uma das razões que me trouxe aqui foi reconhecer o papel que o IPS tem desempenhado, quer na ligação ao ensino profissional, quer na ligação das empresas e ao ensino profissional. E, por isso, este papel mobilizador que hoje temos em 54 distritos, de diferentes politécnicos, é aqui em Setúbal particularmente importante”, disse Manuel Heitor.
Nesta terceira edição da E-Tech, este ano dedicada ao tema `Cidadania e Segurança Digital’, marcaram presença escolas de todo o país, do Minho ao Algarve, algumas com projetos a concurso no certame, como a Escola Lima de Freitas, de Setúbal.
“Temos um grupo de alunos do Curso Profissional de Ciência de Gestão e Programação de Sistemas informáticos que desenvolveram um robot que dispõe de um sensor de cores que lhe permite identificar e recolher garrafas, em função das cores. É um dos projetos que vai estar a concurso na E-Tech”, disse à agência Lusa a coordenadora do curso, professora Carla Cascais.
“O mais complicado foi programar a garra, designadamente em termos de velocidade de operação e de força, de forma a conseguir que o robot consiga fazer a recolha e o transporte das garrafas”, acrescentou o jovem Valério Vatavu, de origem ucraniana, um dos elementos do grupo que desenvolveu o projeto.
A par de dezenas de expositores e da presença de centenas de alunos de escolas de todo o país, a terceira edição da E-Tech inclui vários painéis de debate, sobre Segurança e Cidadania Digital: `Preparar Portugal para a realidade da cibersegurança´, `Cidadania e Segurança Digital – Qual o papel da Escola?´ e `Desafios para Portugal’, que terão lugar hoje e sábado no cais 3 do porto de Setúbal, junto ao rio Sado.