A programação de julho encerra no dia 29, com Noa, “o maior tesouro musical de Israel dos últimos anos”.
O Theatro Circo promete para julho uma programação capaz de tornar Braga a “cidade mais procurada do país”, com Noa, Adriana Calcanhoto, Thomas de Pourquery & Supersonics, Joana Serrat, entre outros, revelou hoje aquela sala de espetáculos do Minho.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o Theatro Circo revela, sexta-feira, sobe ao palco o multi-premiado músico Thomas de Pourquery, que atuará pela segunda vez no nosso país, depois de se ter estreado no Festival Músicas do Mundo de Sines, em 2017.
O músico vem a Braga apresentar aquele que é o primeiro álbum, em que “assume a composição de todos os temas, como uma declaração de amor”, depois de ter composto para bandas como Rigolus, DPZ ou VKNG, e de cantar e tocar saxofone para artistas como Metronomy, The Shoes, Jeanne Added ou Andy Emler, e de incursões no cinema com Dogs os Navarre para o film ‘Apnée’, de Jean Meurisseou e de Antonin Peretjatko, com quem gravou “La loi de la jungle”.
O primeiro sábado do mês assinala também a atuação, nesta sala de espetáculos de Minho, de “uma das mais interessantes e premiadas novas cantautoras espanholas”, Joana Serrat.
“Entre a discografia de Joana Serrat, destacam-se sem dúvida alguma os últimos três álbuns: ‘Dear Great Canyon’ [2014], ‘Cross the Verge’ [2016] e ‘Dripping Springs’ [2018]. A música de Joana Serrat encontra-se entre a americana e o shoegaze, criando um estilo único chamada folk gaze”, explana o Theatro Circo.
Os Hurray For The Riff Raff apresentam, no dia 17, “um dos álbuns mais aclamados de 2017 pela crítica internacional”, “The Navigator”, o sexto do grupo no qual se “acentua o caráter rock e político que Alynda [a vocalista] tem vindo a construir à sua volta.
“‘The Navigator’ é o resultado da necessidade de Alynda [que se estreia em Portugal] regressar às suas origens e fazer-se ouvir acerca de temas como a gentrificação urbana do sul do Bronx, a eleição de Trump, da igualdade de direitos entre mulheres e homens, os LGBTI e a falta de liberdade interior que assola o ser humano da atualidade”, lê-se.
Adriana Calcanhotto, “nome maior da música brasileira”, regressa ao Theatro Circo para mostrar ‘Mulher do pau-brasil’, recuperando assim o espetáculo apresentado quando tinha 19 anos, após se ter deslumbrado com o livro “Pau Brasil”, de Oswald de Andrade, o poeta do modernismo brasileiro, dos anos de 1920.
No dia 20, os Barbez, com Velina Brown, sobem ao palco. O grupo Barbez “chega de uma certa cena musical nova-iorquina, que faz questão de manter ligações à Europa, à sua cultura e à sua história. Uma identidade construída com rock experimental, memórias de velhos cabarets, cancioneiros da Europa Oriental e da música clássica contemporânea”.
Formados em Brooklyn, no final dos anos de 1990, os Barbez são uma criação do guitarrista Dan Kaufman, que gravou seis álbuns, dois deles inspirados na história judaica, um deles sobre a poesia de Paul Celan e, o mais recente, sobre canções de resistência da Guerra Civil espanhola.
“Uma homenagem aos voluntários americanos da Brigada Abraham Lincoln, que arriscaram a vida para combater o fascismo em Espanha. Este disco foi gravado com a cantora Velina Brown a qual irá fazer parte do espetáculo em Braga”, descreve o Theatro Circo.
O projeto The Como Mamas apresenta-se a 21 de julho, trazendo a Braga as irmãs Angela Taylor e Della Daniels, que cantam com a amiga Ester Mae Smith na igreja batista de Mt. Mariah, em Como, pequena cidade a sul de Memphis, com pergaminhos na música negra.
Em 2006, a editora Daptone Records foi à igreja fazer gravações para uma compilação de gospel. Quem deixou impressão mais forte foi este trio e a experiência resultou no seu próprio disco, a capella. Em 2015, saíram pela primeira vez do Mississippi para ir a Nova Iorque, onde brilharam no mítico Apollo Theater e gravam o álbum “Move Upstairs”, onde já são (como serão no próximo Festival Músicas do Mundo), acompanhadas por uma banda, para um louvar a Deus ainda mais poderoso e dançante.
A programação de julho encerra no dia 29, com Noa, “o maior tesouro musical de Israel dos últimos anos”. Nascida em Tel Aviv, cresceu em Nova York. Achinoam Nini canta desde os vinte anos e tornou-se a mais importante cantora internacional de Israel, abraçando todos os tipos de projetos desafiadores.
Pat Metheny ou Rupert Hine produziram-na, já gravou com a Orquestra Sinfónica de Jerusalém ou com a cantora israelo-árabe Mira Awad. Noa canta em hebraico ou iemenita, interpreta canções napolitanas, já esteve em digressão com Sting, partilhou palcos com Stevie Wonder, Sheryl Crow, George Benson ou Pino Daniele.