Pedro, de oito anos, perdeu o pai aos dois anos e a mãe, funcionária de supermercado, em São Paulo, não tinha dinheiro para comprar os cromos. Desenhou sozinho caderneta e cromos.
Um menino brasileiro de oito anos é agora notícia em vários meios de comunicação, não só do Brasil mas internacionais. Tudo porque, sem possibilidades para comprar cromos do Mundial de futebol, decidiu desenhar a sua própria caderneta. E mais 126 cromos.
Pedro Henrique Blaco Arouca, natural de Bauru, um município brasileiro do interior do estado de São Paulo, é fã de bola e muitos dos seus colegas de escola tinham uma caderneta para colecionar cromos. No entanto, a mãe, Gleice Barizon Blanco, funcionária de supermercado, ganha o salário mínimo e não tinha como lhe comprar os cromos, que são relativamente caros.
O pai de Pedro morreu quando o menino tinha dois anos e, desde então, só o salário da mãe garante subsistência.
Pedro, porém, não se desmotivou por causa disso e decidiu começar a desenhar a sua própria caderneta. Com tudo a que tem direito, capa, espaços para os jogadores e 126 cromos. As ideias foi buscá-las ao álbum coletivo que existe na escola, preenchido pela turma.
“Eu pensei que ele ia ser humilhado, por não ter um álbum. As outras crianças têm e o dele é desenhado. Mas ele gosta muito de desenhar. Sempre quis ser ilustrador, mas ninguém da valor para essas coisas”, admitiu a mãe, em entrevista ao G1.
A caderneta não é absolutamente fidedigna: não tem os jogadores que o menino não conhece, mas tem o Pelé, claro. “É que eu não sabia de muitos jogadores do Brasil, então eu resolvi desenhar o Pelé. Eu sei que ele foi um grande jogador”, afirmou a criança.