A prestação paga ao banco pelo crédito à habitação subiu ligeiramente este mês tanto nos contratos indexados à Euribor a seis meses como a três meses, face às últimas revisões, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.

m cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um ‘spread’ (margem de lucro do Baco) de 1%, passa a pagar a partir deste mês 447,73 euros, o que traduz uma ligeira subida, 0,85 euros, face à última revisão (fevereiro).

Já no caso de um empréstimo nas mesmas condições (valor e prazo de amortização), mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passa a pagar 445,83 euros, mais 0,46 euros do que pagou desde maio.

Estes valores foram calculados tendo em conta as médias da Euribor no mês de julho, tendo sido a seis meses de -0,516% e a três meses de -0,545%.

Desde abril de 2020 que milhares de famílias não estão a pagar o crédito à habitação, fazendo uso do decreto-lei do Governo que permite moratórias nos créditos (suspendendo capital e/ou juros). A generalidade das moratórias de crédito à habitação termina em 30 de setembro.

Os principais bancos têm dito que não estão preocupados com o incumprimento das famílias após o fim das moratórias dos créditos à habitação.

As taxas Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. A Euribor a seis meses é a mais usada, seguida da taxa a três meses.

As taxas Euribor estão em terreno negativo desde 2015 e a expectativa é que se mantenham negativas ou perto de 0% nos próximos anos devido sobretudo à política de estímulos monetários do Banco Central Europeu (BCE), o que tem impacto positivo nos créditos bancários, que estão mais baratos.