Portugal conquistou 19 medalhas nos nos Jogos do Mediterrâneo, três de ouro, seis de prata e 10 de bronze.
Inês Monteiro, atleta que fez seis cirurgias aos joelhos e à qual disseram estar “morta para o atletismo”, conquistou na sexta-feira a prata nos 5.000 metros nos Jogos do Mediterrâneo, a 19.ª medalha lusa na competição.
A lesão, tendinose rotuliana, tem um nome complicado, mas Inês Monteiro explica de forma direta: “Tinha o tendão podre. Todos os diagnósticos que me davam eram para não ter esperanças”.
“Na última operação, o médico disse-me ‘vamos para a cirurgia, vou fazer tudo por ti e tudo o que sei, mas não tenhas grandes esperanças’. Foi frontal e sincero. Pedi-lhe que me pusesse pelo menos em condições de ter uma vida normal”, conta.
A atleta que sexta-feira correu os 5.000 metros no estádio de atletismo de Campclar, que fica a cinco minutos do centro de Tarragona, cidade espanhola que é o epicentro dos Jogos do Mediterrâneo, e ganhou a medalha de prata, explica que conseguiu regressar graças à paixão e pela filha, que nasceu em 2015.
“O meu objetivo, a minha força de vontade e a minha motivação estão na minha filha”, disse.
Inês Monteiro terminou a prova em 15.54,78 minutos, a sua melhor marca da época, ficando atrás da marroquina Kaoutar Farkoussi, que fez o tempo de 15.52,33, enquanto a espanhola Ana Lozano arrecadou o bronze, em 16.00,17.
Esta foi a primeira medalha internacional (para além das coletivas e por clube) conquistada pela atleta do Sporting, após a paragem que parecia ter rótulo de “sentença”.