Domingos Bragança convida setor privado a integrar uma rede de oferta de alojamentos para estudantes, num processo desenvolvido pela Câmara de Guimarães e Universidade do Minho.
A Câmara Municipal de Guimarães pretende criar uma plataforma online com o objetivo de apresentar o mapeamento da disponibilidade de alojamento para os estudantes universitários, aberta ao setor privado, num processo desenvolvido em conjunto com a Universidade do Minho (UMinho).
Domingos Bragança esclareceu que a “escassez de alojamento” para os estudantes universitários é “um problema que está bem identificado em Guimarães” e nesse sentido a autarquia aponta um conjunto de soluções que visa dar uma resposta à intensa procura dos jovens pela Cidade-Berço. O Presidente da Câmara Municipal defende que “o problema do alojamento deve ser combatido com diversas soluções, envolvendo o Município, Universidade e também o setor privado”.
Uma das soluções passa pela criação de uma plataforma online, quer da parte da Universidade, Município e privados, por forma a definir um mapeamento do alojamento disponível – através da vistoria dos serviços da Câmara Municipal – onde os privados possam disponibilizar espaço nas suas casas para alojamento local. Domingos Bragança explica que se trata de “uma rede de oferta”, sendo “uma oportunidade de negócio para quem tem os edifícios e habitações com elevada taxa de disponibilidade”. Com esta medida “os próprios estudantes que vêm de fora integram-se melhor na população e na cultura vimaranense”, salientou.
Na conferência de imprensa realizada esta terça-feira, 24 de julho, onde foi anunciado os novos cursos a funcionar em Guimarães já a partir de setembro ¬- Licenciaturas em Artes Visuais e em Proteção Civil e Gestão do Território – o Reitor da Universidade do Minho enalteceu a “preocupação comum” da autarquia em fazer frente ao problema da escassez de alojamento.
Em Guimarães, a UMinho conta com cerca de 6500 estudantes e alojamento disponível apenas para 550. “É manifestamente pouco face a necessidade que temos. Temos uma longa lista de espera e isso agrava-se com a afluência de estudantes à Universidade do Minho. A Universidade está a fazer o seu exercício próprio, mas tem sensibilizado o Município para encontrar soluções conjuntas para a resolução deste problema. Existem múltiplas possibilidades para serem exploradas”, referiu Rui Vieira de Castro.
Segundo Domingos Bragança, a autarquia tem ainda em curso o pedido ao Ministério das Finanças para a cedência do edifício da antiga Escola de Santa Luzia no sentido de proceder à respetiva reabilitação para um espaço de residência universitária. “Esta é uma parte da solução que estamos a desenvolver, mas pretendemos respostas imediatas. Vamos trabalhar no mapeamento de alojamento disponível, através da criação de plataformas online pela parte do Município, Universidade ou Empresas que estejam interessadas em associar-se”. O Presidente da Câmara de Guimarães aponta que a plataforma funcionará como “uma bolsa de alojamento para estudantes” apelando aos “promotores imobiliários que vejam nesta área um setor de presente e futuro, porque a Universidade vai continuar a crescer e os estudantes nacionais e estrangeiros vão continuar a vir para Guimarães”.
Quanto aos novos cursos criados em Guimarães, informa-se que a licenciatura em Artes Visuais tem a duração de três anos e vai funcionar no campus de Couros. A licenciatura em Proteção Civil e Gestão do Território é a primeira do género no ensino superior público em Portugal Continental e vai funcionar no campus de Azurém.