Os professores ameaçam avançar com nova paralisação na primeira semana de outubro.

De acordo com um comunicado partilhado do site da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), o pré-aviso é subscrito por dez organizações sindicais e vai ser entregue, na próxima sexta-feira, dia 21 de setembro, no Ministério da Educação.

“Os professores (…) exigem que o Governo honre o compromisso que assumiu, cumpra a lei e respeite a Assembleia da República, ou seja, negoceie o prazo e o modo de recuperar todo o tempo de serviço que cumpriram”, sustentam os sindicatos, lembrando que “até agora, porém, o Governo, de forma intransigente, tem recusado contabilizar os 9 anos, 4 meses e 2 dias de atividade desenvolvida pelos docentes nos períodos de congelamento das carreiras e ameaça não só apagar mais de 6,5 anos (70%) desse tempo, como adiar para próximas Legislaturas a concretização de qualquer medida que possa tomar, abrindo portas à liquidação da carreira docente”.

Além disso, lê-se no comunicado, há outras questões enunciadas pelos docentes, tais como “os horários de trabalho ou a aposentação”. E, queixam-se ainda, “o Governo continua sem apresentar qualquer proposta, recusando a negociação; [e] relativamente ao reposicionamento na carreira continua sem se saber quando será concretizado” e no que diz respeito “à redução dos níveis de precariedade que afetam os docentes as medidas que têm sido tomadas pelo Ministério da Educação ficam muito aquém das necessidades das escolas e do direito dos docentes”.

Perante estas circunstâncias, e “face à incapacidade do Governo e, em particular, do Ministério da Educação em honrar o compromisso que assumiu”, as organizações sindicais de docentes – ASPL, FENPROF, FNE, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE, SIPPEB e SPLIU – “decidiram avançar para a greve na primeira semana de outubro”.

O pré-aviso de greve “será entregue, em mão, no Ministério da Educação na próxima sexta-feira, dia 21 de setembro, às 11 horas, último dia da semana de plenários que estão a realizar-se em todo o país, nos quais já participaram milhares de professores e educadores”.