As duas entidades representativas do setor do táxi anunciaram que pretendem manter-se em protesto até à próxima segunda-feira, dia em que serão recebidos na Presidência da República.
O presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio Almeida, anunciou que o protesto “é para continuar” e que “não é para desmobilizar”.
Esta quinta-feira, a presidência da República anunciou que os representantes das associações vão ser recebidas no Palácio de Belém na segunda-feira, às 15 horas, dia em que Marcelo Rebelo de Sousa estará em Nova Iorque para participar no debate da Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Florêncio Almeida, que falava nos Restauradores, em Lisboa, acrescentou que os representantes do setor estão também a tentar ser recebidos pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.
O presidente da Federação Portuguesa do Táxi (FPT), Carlos Ramos, afirmou que, apesar da disponibilidade da Presidência, o chefe de Estado já disse publicamente que “a resolução do problema está nas mãos da Assembleia da República e do Governo”.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou hoje naturais os protestos dos taxistas, dizendo que “o que seria estranho” era que vários setores não se manifestassem a um mês da apresentação do Orçamento do Estado.
O chefe de Estado disse aguardar a posição dos partidos e do Governo, depois de ter “havido manifestação de vontade de alguns grupos parlamentares reverem, repensarem ou reajustarem a lei ou de a completarem”, salientando que “a nova lei dos táxis ficou de ser completada” com a entrada em vigor da legislação sobre as plataformas eletrónicas de transporte em veículos descaracterizados.