Mais de 500 peixes mortos em afluente do rio Ave em Guimarães

Cerca de 500 peixes mortos foram retirados de um afluente do rio Ave, esta quinta-feira ao final da tarde, em Guimarães. Ao que tudo indica, foi uma descarga que originou o atentado ambiental.

Os primeiros peixes mortos começaram a aparecer esta quinta-feira de manhã, asseguram os moradores da rua de São Cláudio, da freguesia de Barco, concelho de Guimarães. O ribeiro da Agrela, de caudal reduzido, que corre em direção ao rio Ave, começou a mostrar centenas de exemplares de pequenos peixes brancos que tiveram morte lenta, ao que tudo indica devido a uma descarga ocorrida num período que, para já, está compreendido entre a tarde de quarta-feira e as primeiras horas desta quinta-feira.

Os Bombeiros Voluntários das Taipas foram alertados para procederem à recolha de todos os peixes mortos que conseguiram encontrar e, no final, o balanço ultrapassou a centena. No local, estiveram três elementos e um veículo que compunham uma equipa de mergulho da corporação taipense.

Alguns dos peixes recolhidos pelos bombeiros foram entregues ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) de Guimarães da GNR, que tomou conta da ocorrência e está a investigar o caso, tendo em vista a identificação dos autores do atentado ambiental, para elaboração de auto de notícia e correspondente envio para a Agência Portuguesa do Ambiente, responsável por aplicar as multas relativas a este tipo de casos.

Os peixes da amostra deverão ser analisados nos próximos dias e a análise vai ajudar a identificar a origem da descarga poluente. “É uma vergonha, tem de se punir quem fez isto”, disse Manuel Antunes, residente naquela freguesia e frequentador do café situado mesmo ao lado do local onde se acumulavam os peixes mortos, numa ponte na rua de São Cláudio.

Ali, os moradores começaram a ver os peixes mortos a correrem pelo rio e asseguram que “nem metade” ficou à vista, dado que os restantes seguiram com a corrente do ribeiro até ao rio Ave.