O segundo comandante dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde, Luís Morais, desde o dia 23 de agosto que o concelho de Vila Verde regista sucessivos incêndios florestais. A zona norte do concelho é a mais afetada e já há um indivíduo detido por ser suspeito de atear fogos.
«Estamos exaustos», solta Luís Morais, que contactado o início de hoje à tarde pelo Diário do Minho não esconde uma certa «frustração».
«Apagamos de um lado, começa logo noutro sítio. Tenho os meus homens desgastados. A ajuda de outras corporações, assim como os elementos da Força Especial de Bombeiros (FEB) e GIPS, tem sido importante», frisa, dando conta que as zona de Aboim da Nóbrega, Vade, Oriz e Prado São Miguel são os locais mais afetados pelas chamas.
«Não tenho dúvida de mão humana na origem destes incêndios. Depois, o vento e altas temperaturas fazem o resto. É uma luta constante a proteger as populações, mas tem que ser», revela.
Às 15h00 desta terça-feira o concelho registava 190 operacionais na luta contra as chamas em incêndios sinalizados em Vade, Dossãos e, inevitavelmente, Aboim da Nóbrega.
Os Bombeiros de Vila Verde combatem neste momento três incêndios em locais distintos do concelho, com apoio de corporações vizinhas, do GIPS da GNR e de Sapadores Florestais.
Nestes teatros de operações são vários os meios aéreos que dão ajuda a quem na terra vai dando o que pode e não pode.
«Peço à população que esteja atenta. Que adote medidas preventivas e que ajude os bombeiros com mantimentos e os respeito, a eles e autoridades», refere Luís Morais.
O Diário do Minho sabe que já foi identificado, ontem, um alegado incendiário que foi detido no concelho de Vila Verde pelas autoridades.
