No total, tinham sido detidas cinco pessoas e a fuga dos três suspeitos ocorreu depois de o juiz lhes decretar prisão preventiva.
“Os roubos terão começado em fevereiro e indiciámos já este grupo pela prática de pelo menos 30 assaltos, mas admitimos que possam ser mais. E o valor global dos roubos será de uns 500 mil euros, entre dinheiro e bens”, afirmou à agência Lusa o comissário Afonso Sousa, da Divisão de Investigação Criminal da PSP.
Quando aguardavam a decisão do magistrado, mas já ao corrente de que o procurador pedira a sua prisão preventiva, considerando o longo cadastro e perigosidade, às 17 horas foram de novo conduzidos à presença do juiz para o ouvirem aceitar o pedido do Ministério Público. Iam os três aguardar julgamento presos.
PSP em alerta
Aparentemente conformados, foram de novo conduzidos às celas, onde deveriam esperar a chegada do veículo celular para recolherem à cadeia de Custóias. E terá sido durante este percurso que um dos detidos pediu aos polícias que os escoltavam para lhe dar “um minutinho” para se “despedir” da namorada”, tendo, segundo o que uma fonte contou ao JN, “obtido autorização”.
E é aqui que começam a divergir as versões. Enquanto fonte policial refere que os detidos “aproveitaram a ocasião para manietar os agentes” e fugir, outra, que estava presente no tribunal na altura dos factos, garantiu que os três homens, depois de um deles ter estado “com a namorada”, retomaram o caminho das celas e que foi dali que fugiram. “Ou a namorada de um deles roubou uma chave a alguém lá dentro e passou-lha quando esteve a abraçá-lo” ou então “o polícia esqueceu-se de trancar a cela”.
Certo, e aqui ninguém diverge, é que os suspeitos subiram por uma escada interior até uma sala do segundo andar, abriram a janela e saltaram para o terraço do primeiro andar, por cima da CGD, e dali para a Rua de Gonçalo Cristóvão, em direção à Praça da República, onde foram vistos pela última vez a apanhar um táxi.
Lançado o alerta, a PSP desencadeou uma vasta operação que abrangeu toda a região do Grande Porto e residências de gente próxima dos foragidos.