António Costa esteve, esta segunda-feira à tarde, em Cabeceiras de Basto, a inaugurar uma Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração, que apontou como um “um dos novos desafios a enfrentar”.
Num edifício que está já pronto desde 2014, mas que só há sete meses começou a receber utentes para as 30 camas existentes, o primeiro-ministro sublinhou que este setor da saúde encara novos desafios que é preciso enfrentar.
“Não podemos fazer mais do mesmo. Temos de fazer diferente porque o país também está diferente, vivemos mais anos e precisamos de cuidados de saúde diversos”, disse. No dia em que assinalou os três anos do Executivo, o chefe do governo considera que este tipo de unidades são “essenciais” para o desafio de “assegurar que as pessoas tenham mais qualidade de vida por mais anos”.
Esta unidade de cuidados continuados é gerida pela Basto Vida, uma régie-cooperativa detida a 80% pela Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, que António Costa destacou como algo a desenvolver ainda mais no futuro. “Estamos a concluir uma reforma essencial que é a descentralização de competências para os municípios na área da saúde. O triângulo Estado-Terceiro Setor- Poder Local é fundamental para fazer mais e melhor”, sustentou.
Esta inauguração, incluído no programa que assinala os três anos de governo, contou com a presença de mais dois ministros, da Saúde e da Solidariedade Social.
Marta Temido, responsável pela pasta da Saúde, anunciou que o Ministério que dirige está a trabalhar com o Ministério da Solidariedade Social para a criação de “uma nova estrutura de gestão para a Rede de Cuidados Continuados para dar melhores respostas” modelo que “em breve será mais detalhado”, confessou.
Vieira da Silva, ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, lembrou que há 12 anos “o lançamento desta rede foi o passo mais inovador nas políticas de saúde”, mas este é o tempo de dar um “novo impulso na cooperação entre os dois ministérios” para que “a rede de cuidados continuados seja um pilar do Estado Social”.
Em Cabeceiras foi efetuado um investimento de cerca de 2 milhões de euros, com 1,2 milhões de financiamento europeu e que é essencial para o concelho. “Precisamos de um Estado Social forte”, pediu Francisco Alves, autarca local.