Foram exatamente 5038 os brinquedos recolhidos na Campanha de Recolha de Brinquedos “OFERECE e faz uma criança feliz!” que decorreu na Universidade do Minho (UMinho) entre 5 novembro e 10 de dezembro, os quais foram entregues, dia 14 de dezembro, a nove instituições da região do Minho que trabalham junto de crianças carenciadas. Para além destas, também cerca de 60 crianças com necessidades especiais receberão este ano um brinquedo adaptado a si.

“Nesta Campanha temos um traço distintivo que é a inclusão”, começou por dizer o assessor do Serviços de Acção Social (SASUM), Carlos Videira, salientando a parceria existente entre estes Serviços e o Departamento de Eletrónica Industrial da UMinho na adaptação dos brinquedos. Além do papel social da Campanha, que procura ajudar instituições para que mais crianças possam ter uma quadra mais feliz “temos também a preocupação que a Campanha apoie outro tipo de necessidades”, referiu Carlos Videira.

 

Esta foi a 11ª edição da Campanha que “pelo segundo ano consecutivo galgou os muros da Universidade”, afirmou o assessor dos SASUM, uma vez que a mesma se disseminou este ano, por grande parte da região minhota, desde Monção a Fafe, da Póvoa de Lanhoso a Ponte de Lima e Taipas, bem como por vários locais de Braga e Guimarães. Foram muitas as instituições que desde o início, e ao longo da Campanha se quiseram associar à mesma por um único objetivo: “OFERECE e faz uma criança feliz!”

 

O objetivo foi alcançado e a iniciativa foi um sucesso, recolhendo 5038 brinquedos, o recorde desde o início da Campanha em 2008 “triplicamos aquilo que foi o número do ano passado e mais do que duplicamos aquele que era o recorde (pertencia ao ano de 2016 com a recolha de 2293 brinquedos), expôs Carlos Videira.

Também Raquel Cunha, do SalusLive – Centro Terapêutico de Braga e responsável pela seleção das crianças com necessidades especiais que este ano recebem um brinquedo adaptado, se mostrou muito satisfeita, sendo que este ano irá conseguir oferecer 60 brinquedos adaptados, os quais serão entregues a pessoas individuais (famílias), núcleos de intervenção precoce e a uma unidade de autismo. “É muito gratificante poder contribuir para a sua autonomia, para um brincar mais autónomo destas crianças”, disse.

 

Os 60 brinquedos adaptados só foram possíveis através do “voluntariado”, tal como salientou o Professor Fernando Ribeiro, do Laboratório de Robótica do Departamento de Eletrónica Industrial da UMinho, sublinhando que o papel da Universidade “é formar pessoas para o futuro, mas não só em termos científicos, mas também como neste caso, para a solidariedade e para o voluntariado”. Fernando Ribeiro realçou ainda que a iniciativa tem tido cada vez mais acolhimento juntos dos estudantes “temos tido cada vez mais voluntários na adaptação dos brinquedos, este ano foram cerca de 20”, disse.

 

Para além dos Campi universitários, a Campanha contou com o apoio/parceria de outras instituições e locais de recolha. Em Braga, para além do Complexo Desportivo Universitário de Gualtar, a Campanha teve como pontos de recolha, o hall do Complexo Pedagógico 2, o bar do Edifício dos Congregados (no centro da cidade), as Residências Universitárias de Santa Tecla e Carlos Lloyd Braga, a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva e o Agrupamento de Escolas Sá de Miranda. Por sua vez, em Guimarães, os locais de recolha foram o Complexo Desportivo Universitário de Azurém, o Bar de Engenharia I, o Centro de Ciência Viva no Campus de Couros, as Residências Universitárias de Azurém e Combatentes, a Sociedade Martins Sarmento, o Agrupamento de Escolas Francisco de Holanda e na Escola Secundária de Caldas das Taipas.

No decorrer da campanha, outras instituições da região, como a Creche Arco Íris (Monção), a Clínica MIM (Guimarães), a empresa Groupe Leader (Braga), a empresa ATEPELI (Ateliers de Ponte de Lima, S.A), o CET (Centro de Estudos das Taipas), a Associação de Pais da Escola da Garapôa (Braga), a EB1/JI da Póvoa de Lanhoso e o Agrupamento de Escolas Montelongo (Fafe) aderiram à iniciativa, reforçando o seu sucesso.

Este ano as instituições apoiadas foram: a Fraterna – Centro Comunitário de Solidariedade e Integração Social, Guimarães; a Associação Teatro e Construção de Famalicão; a SYnergia; a Cruz Vermelha Portuguesa de Braga; a Cáritas de Braga; a CPCJ Póvoa da Lanhoso; a CPCJ Vila Verde; a CPCJ Barcelos; e a CPCJ Amares.