Obra deverá estar concluída em 2022. Custos vão ser suportados pela ANA – Aeroportos de Portugal.
Delgado, na Portela, em Lisboa, foi assinado esta tarde entre a ANA – Aeroportos de Portugal e o Estado, prevendo-se que todos os custos sejam suportados pela ANA.
Contas feitas à expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa prevê-se um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028. Um valor que inclui a extensão da atual estrutura Humberto Delgado (aeroporto de Lisboa) e a transformação da base aérea do Montijo, que recebeu a cerimónia de assinatura, em aeroporto civil, cujo início de funcionamento está previsto para 2022.
Para o primeiro ano de funcionamento do novo aeroporto estão previstos sete milhões de passageiros.
Na cerimónia marcaram presença o primeiro-ministro, António Costa, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, o responsável máximo da Vinci, Xavier Huillard, e o presidente da Vinci Aeroportos, Nicolas Notebaert.
Um acordo que não agrada à Plataforma Cívica Aeroporto BA6 Não, que luta contra o futuro aeroporto do Montijo, e que hoje, depois de recebida pelo CDS, se vai manifestar junto à base aérea e tentar entregar ao primeiro-ministro um memorando que já entregou no parlamento e na Presidência da RepúblicaView image on Twitter
Saliente-se que, a assinatura ocorreu quando ainda não foi entregue o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) pela ANA. Um pequeno grande pormenor que os ‘Verdes’ prometem levar a debate.
O acordo vinculativo entre a ANA e o Estado estava previsto para outubro, segundo o calendário do memorando de entendimento, que indicava ainda o final de 2018 para a gestora dos aeroportos entregar os elementos adicionais que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) requereu para o EIA.
No plano partidário sobre a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) agendou para quinta-feira um debate no plenário da Assembleia da República para discutir a decisão do Governo de construir um aeroporto complementar ao de Lisboa, no Montijo, sem o EIA.
O PSD já tinha feito saber que iria chamar o ministro da Defesa e o chefe do Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa (FAP) ao parlamento para prestarem esclarecimentos.
Na semana passada, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, manifestou “enorme perplexidade” pelo facto de a assinatura do acordo para o novo aeroporto do Montijo ter sido agendada sem ser conhecido um estudo de impacto ambiental.