Alan García – como outros antigos chefes de Estado peruanos – era acusado de receber subornos da construtora brasileira Odebrecht.

Morreu Alan García, o ex-Presidente peruano que nesta quarta-feira disparou um tiro na cabeça momentos antes de ser preso por corrupção, num caso ligado à construtora brasileira Odebrecht.

Acusando-o de ter recebido pagamentos ilegais na campanha de 2006, a Justiça peruana ordenou a prisão preventiva de García durante dez dias. Quando a polícia chegou à casa do antigo Presidente, em Lima, este disparou, relata o jornal peruano El Comercio.

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“A situação do chefe de Estado é delicada. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para reverter a situação”, tinha dito o advogado do ex-Presidente, Erasmo Reyna. Após uma cirurgia complexa, durante a qual sofreu várias paragens cardíacas, García, que foi Presidente do Peru por duas vezes, entre 1985 e 1990 e de 2006 a 2011, morreu​.

As actividades da Odebrecht, que está envolvida em vários escândalos de corrupção investigados pela operação brasileira Lava-Jato, está também a ser investigada no Peru por ter pago subornos para garantir contratos para a construção de infra-estruturas.