Sindicatos já começaram a receber as preocupações de vários sectores, nomeadamente, da área da Educação. Escolas estão de férias, mas abrem na segunda-feira.

Se nos próximos dias os funcionários públicos não conseguirem trabalhar, as suas faltas podem ser justificadas? Esta é uma dúvida que está a crescer face à escassez de combustível e à diminuição de oferta de transportes públicos provocadas pela greve de motoristas.

“É evidente que é justificada”, afirmou ao PÚBLICO, José Abraão, dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP), dando como exemplo o caso de escolas. “Estamos extremamente preocupados já não é só a questão dos professores, mas com os alunos e com os funcionários.”

“Esta manhã [de quarta-feira] já havia transportes públicos suprimidos, como é o caso dos Transportes Sul do Tejo [TST]. A determinada altura, as pessoas não tem outro meio de transporte. Não havendo condições para abastecer é evidente que vamos ter problemas. Eventualmente ausência de aulas”, exemplificou.

“A ausência de transporte privado ou público entra no âmbito da falta justificada”, interpreta o sindicalista que falou com o PÚBLICO minutos após ter abastecido o seu carro na zona de Aveiras.

José Abraão conta que, ao longo do dia, a FESAP tem recebido preocupações. “A ausência de combustíveis apanhou muita gente de surpresa. Ainda agora falei com um colega que não tinha combustível.”