A Proteção Civil entregou milhares de golas antifumo, fabricadas com material inflamável e sem tratamento anticarbonização, às “Aldeias Seguras”, não tendo a eficácia que deveriam ter – evitar inalações de fumos através de um efeito de filtro.

São quase duas mil povoações, ao abrigo do programa de autoproteção das populações, que receberam estes e outros equipamentos, como coletes refletores, compostos por materiais combustíveis.

A Foxtrot, fabricante que recebeu 328 mil euros pelo fornecimento dos “kits” de emergência ao “Aldeia Segura, Pessoas Seguras” – dos quais 125 mil foram para a produção de 70 mil golas -, garante que considerou que em causa estava “merchandising” da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e que esta entidade não referiu que os equipamentos “seriam usados em cenários que envolvem fogo”.

Ao JN, a ANEPC defendeu que os equipamentos não passam de um “estímulo à implementação local dos programas” e que nem são um “equipamento de proteção individual”.

noticia “JN”