A Câmara de Braga quer que seja o Estado Central a financiar as obras no Nó de Infias, um “cancro no trânsito” da cidade, sendo que está garantido o apoio da Infraestruturas de Portugal (IP) na elaboração do projeto.
Em declarações à Lusa, depois de uma reunião com o ministro das Infraestruturas, o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, referiu que o acordo com a IP avançará “nos próximos dias”.
Segundo o autarca, a solução para aquele que é um dos locais mais complicados no trânsito na cidade deve ser sustentada pelo Governo e rondará os cinco milhões de euros.
“O que nós pretendemos é que seja ilegível em sede do Estado central porque se trata de um problema que não diz respeito apenas à câmara de Braga porque boa parte do trânsito em causado é pela nacional”, disse o autarca.
No imediato, apontou Rio, “as intervenções iniciais serão feitas pela autarquia e são questões mais paliativas, como a pavimentação, sinalização” e, disse, “nem sequer está em discussão nenhuma verba porque são autorizações administrativas”
Já o “segundo passo, a elaboração de um projeto de execução”, o custo ronda os 200 a 300 mil euros, sendo que a autarquia “está a contar a partilha com a IP”.
“Nos próximos dias estaremos a fechar quer a autorização para estas intervenções imediatas quer o acordo com a IP”, apontou Ricardo Rio.
Conflui naquele nó a Variante à EN 101-201, que estabelece a ligação dos concelhos de Vila Verde e Amares a Braga, e a Avenida António Macedo (EN 14), na qual converge todo o tráfego proveniente da Variante à EN 14 e das autoestradas A11 e A3.
Segundo o diagnóstico apresentado pela autarquia, em abril, a EN 101-201 registou, em 2016, volumes de tráfego médio diário de cerca de 40.000 veículos por dia, sendo que na Avenida António Macedo o valor corresponde a cerca de 88.000 veículos/dia.
Na via de ligação da rotunda de Infias ao nó de Infias, registou-se, em 2018, um tráfego médio de 20.000 veículos/dia.