O Município de Braga, a Universidade do Minho (UMinho), a Direcção Regional de Cultura Norte (DRCN) e a Paróquia de Real assinaram esta Terça-feira, 24 de Setembro, um protocolo de colaboração para a recuperação do Convento de São Francisco de Real. O projecto vai permitir a integração do edifício num circuito de visita integrada que contempla também o Mausoléu de S. Frutuoso e a Igreja de S. Francisco de Real.
O acordo reflecte a vontade conjunta destas quatro instituições em promover o valioso património constituído por três edifícios, que corporizam um conjunto com elevado potencial para o desenvolvimento do turismo cultural e religioso, respondendo às expectativas da sociedade e ao desafio de valorizar os recursos da região e da Cidade.
Para Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, o ´fundamental´ neste processo é a ´necessidade de reabilitar o Convento, um dos grandes testemunhos do património colectivo, e desenhar um projecto integrado para as mais-valias patrimoniais e paisagísticas que se encontram nesta envolvente e que permitem criar mais um foco de interesse para a Cidade´
“É com esse objectivo que todas as entidades estão comprometidas. Por força das condicionantes impostas pelo processo de candidatura mudamos o modelo inicialmente previsto, que implicava uma liderança quase exclusiva da Universidade do Minho, e tivemos de conter a ambição do projecto, mas o mais importante é que a reabilitação está em vias de ser alcançada”, referiu.
Assim, o Município de Braga, proprietário do espaço, vai assumir a candidatura do projecto – “Conservação, Valorização e Promoção do Convento de São Francisco de Real, Braga” – a financiamento pelo Programa Operacional Regional do Norte (Norte 2020), que estará limitado a um milhão de euros. A candidatura será submetida até final deste mês de Setembro e no espaço de cerca de dois meses a avaliação deverá estar concluída.
No caso de o projecto ser aprovado, após a recuperação do Convento de S. Francisco, a UMinho ficará responsável pela gestão da sua visita, que será integrada num circuito único – tirará partido do Mausoléu de S. Frutuoso, Monumento Nacional desde 1944, e da Igreja de S. Francisco de Real, que integra como bens móveis classificados o Cadeiral Seiscentista do coro alto e o Relicário da Sacristia.
A requalificação do património potenciará a sua fruição pelos visitantes e estará devidamente alinhada com a estratégia regional e nacional de desenvolvimento turístico, designadamente ao nível da sua integração nas redes de turismo cultural e religioso.