Um advogado, com escritórios em Braga, está acusado, pelo Ministério Público, de burla qualificada e falsificação de documentos, por ter recebido um cheque de 1,5 milhões de euros de um casal, que não chegou a ser utilizado para o propósito acordado.

Vítor Costa, o advogado em questão, dá conta o Correio da Manhã, na sua edição impressa desta segunda-feira, terá aproveitado uma relação de confiança que mantinha com o dito casal, de quem era advogado, tendo convencido os mesmos a aceitar um investimento que seria “milionário”.

O advogado, em conjunto com outros quatro indivíduos ligados à área financeira e imobiliária – António Oliveira e Carlos Oliveira (Amarante), Nóbrega de Moura (Cabeceiras de Basto) e Nuno Sá (Barcelos) -, terá garantido ao casal que, caso estes vendessem uma sociedade de construção que detinham em França, a um dos comparsas, conseguiriam receber uma fortuna de 500 milhões de dólares em títulos da Reserva Federal Americana.

Iludido com os possíveis lucros que poderiam obter, o casal acabou por passar um cheque à empresa do advogado, no valor de 1,5 milhões, que chegou a ser levantado da conta. Foi, também, assinado um contrato de venda da construtora francesa à empresa de Braga, entretanto extinta.

Só mais tarde é que o casal percebeu que os títulos de ações, que receberam em troca do cheque, eram forjados, e que não existia nenhuma fortuna de 500 milhões nos EUA à espera de ambos.

Todos os cinco envolvidos começam, em breve, a ser julgados por estes crimes.