A empresa PetroCávado- Investimentos Imobiliários, de Braga, do grupo Ilídio Mota, que cresceu em torno do negócio dos combustíveis , vai adquirir o edifício-sede da extinta Associação Industrial do Minho (AIMinho) por 1,5 milhões de euros.

Fonte ligada ao processo revelou que o negócio vai ser formalizado “em breve”.

No caso de Braga desconhece-se o uso que a PetroCávado dará ao imóvel, enquanto que, no de Viana, a Câmara quer reaproveitá-lo para os mesmos fins, os de promover a atividade empresarial no Alto Minho.

A sede de Braga, em São Lázaro, com cave, rés-do-chão e dois andares, foi, inicialmente, posta à venda pelo administrador judicial Nuno Albuquerque, por 2,36 milhões, através de leilão eletrónico. Que ficou vazio.

Entretanto, e ao que apurámos de fonte ligada ao processo, o Tribunal de Contas deu luz verde ao município de Viana do Castelo para a aquisição do antigo prédio da AIMinho, por 1,3 milhões de euros.

Em Viana do Castelo, e tal como sucedeu em Braga, o prédio, situado no Campo da Agonia e com três pisos e logradouro, foi negociado diretamente entre a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e a câmara.

Ambos os bens imóveis são propriedade da massa falida da AIMinho, mas a CDG tem hipotecas sobre eles.

Caixa é credora de 6 milhões (48 por cento) dos 12,3 milhões de créditos reclamados, ao organismo que está em liquidação. Já o Novo Banco, com 5,8 milhões (45 por cento), é o segundo maior credor, ou seja, as duas entidades detêm 94 por cento dos débitos da Associação.

A falência foi votada em setembro de 2018 no Tribunal de Famalicão.