Um grupo de voluntários do ‘#ProjectOpenAir’ anunciou hoje que conseguiu construir um ventilador de emergência para cuidados intensivos que utiliza apenas materiais e componentes industriais comuns.
O grupo, que integra especialistas do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Faculdade Nova de Lisboa e do Instituto de Ciências Nucleares aplicadas à Saúde, terminou com sucesso a primeira fase do desenvolvimento de um ventilador de código aberto (cujos componentes não estão sujeitos a direitos de autor) para cuidados intensivos com um valor de produção muito inferior ao padrão.
O modelo construído, apesar de não possuir a sofisticação dos habituais ventiladores pulmonares, “pode ser muito útil nas atuais circunstâncias”, disse em entrevista à agência Lusa Paulo Fonte, um dos mentores do projeto.
“A grande mais valia deste ventilador é que pode ser construído rapidamente com recurso a componentes baratos e de fácil acesso, o que significa que pode ser produzido em massa e em qualquer parte do mundo, a um baixo preço e com grande rapidez”, explica o físico.
O investigador diz que o grande problema que o mundo enfrenta no combate à pandemia Covid-19 é o facto de ser precisa uma quantidade extraordinária de ventiladores no prazo de poucas semanas, a que se junta um problema com a indústria e o comércio internacional na obtenção dos componentes necessários.