A Câmara de Braga não vai realizar o referendo local que prometera para este ano sobre a hipótese de venda do Estádio Municipal.
O presidente Ricardo Rio disse ao JN que, devido ao período que se prevê longo da pandemia da Covid-19, a realização do referendo só podia acontecer lá para o final do ano ou para o começo de 2021. “Sempre disse que o referendo se faria por uma questão de legitimidade política, dado que a venda do estádio não constava do nosso programa eleitoral. Assim, nas eleições de 2021, poderemos colocar, desde logo, a questão no debate eleitoral”, afirmou.
A isto, e ao que o JN soube, acresce o facto de inicialmente ter aparecido uma construtora de Braga, ligada ao grupo Arlindo Correia & Filhos, SA, que anunciou pretender adquirir o imóvel, mas a intenção nunca passou disso mesmo.
Depois, não se manifestou nenhum outro interessado, o que – dizem fontes conhecedoras do processo – se terá ficado a dever ao facto de o custo total do estádio, com as sentenças judiciais em fase de execução ou a aguardar sentença no Tribunal Administrativo do Norte – caso da do consórcio do arquiteto Souto Moura, de quatro milhões – se aproximar dos 190 milhões de euros.