A Netflix aumentou para 150 milhões de dólares (cerca de 138 milhões de euros) o fundo de apoio a trabalhadores da indústria audiovisual afetados pela crise do novo coronavírus, informou hoje a revista ‘Variety’, especializada em entretenimento.
O gigante do ‘streaming’ anunciou no mês passado a criação de um fundo de 100 milhões de dólares (92 milhões de euros) a serem repartidos pelos empregados das suas próprias produções que ficaram sem trabalho, devido à interrupção das gravações (85 por cento), e pelos restantes trabalhadores da indústria audiovisual não diretamente relacionados com a Netflix (15 por cento).
Agora, a empresa decidiu aumentar o fundo em 50 por cento, até aos 150 milhões de dólares, com o objetivo de apoiar os trabalhadores da indústria que se encontram desempregados até ao retomar das gravações, e o diretor de produção física da Netflix à escala mundial, Ty Warren, garantiu à ‘Variety’ que estão a ser criados protocolos para o regresso ao trabalho.
“Dependemos muito destes trabalhadores e queremos garantir que fizemos o mais correto enquanto empresa. A crise da covid-19 é devastadora para muitas indústrias, incluindo a criativa”, justificou o diretor de conteúdos, Ted Sarandos, quando divulgou a criação do fundo, em março.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 150 mil mortos e infetou mais de 2,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 483 mil doentes foram considerados curados.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.