O Receio de contágio nesta fase inicial de abertura deverá levar muitos pais a permanecerem em casa ou a deixar as crianças com outros familiares. E a confiança só será reposta caso a subida do número de casos não seja abrupta.
As creches estão a preparar-se para abrir portas, mas é expectável que o número de crianças que regressam às instituições, sobretudo nesta primeira fase de 18 de Maio, seja ainda muito diminuto face ao receio dos pais relativamente ao risco de contágio pelo novo coronavírus.
Em declarações ao CM, o cónego Roberto Rosmaninho Mariz, presidente da direcção da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Braga (UDIPSS) confirma que nesta primeira fase haverá ainda um número reduzido de crianças a regressar às creches.
“Recebemos indicação de uma IPSS que num universo de 100 crianças só quatro é que mostraram interesse em regressar a 18 de Maio”, diz o responsável da UDIPSS, considerando que é fundamental perceber as medidas de protecção “que possam ajudar a ultrapassar esta circunstância” para que o regresso universal em Junho se faça com mais confiança.
O cónego Roberto Rosmaninho Mariz adianta que a retoma da confiança dos pais dependerá muito do evoluir da situação da pandemia, nomeadamente da subida ou não do número de infectados. “Se com esta abertura o número de casos subir não haverá muitas dúvidas quanto ao receio dos pais em colocarem os seus filhos nas creches”, continua.
Recorde-se que a creches abrem portas já a 18 de Maio para os pais que pretenderem usufruir deste serviço, sendo que a partir de 1 de Junho perdem o apoio do governo.
As normas declaradas pelo governo exigem o uso de máscaras para todos os colaboradores, mas nas crianças só partir dos 6 anos.