As eleições dos órgãos sociais do Gil Vicente para o triénio 2020-2023 vão realizar-se em 18 de junho, após terem sido suspensas devido à pandemia de covid-19, anunciou hoje o nono classificado da I Liga de futebol.
“De acordo com o disposto nos estatutos do clube, convocam-se todos os associados a participar na Assembleia-Geral, que decorrerá no próximo dia 18 de junho de 2020, das 10:00 às 20:00, no Estádio Cidade de Barcelos. Finda a votação e após contagem dos votos, proceder-se-á à tomada de posse dos novos corpos sociais”, lê-se na convocatória assinada pelo presidente da Mesa da Assembleia-Geral, Fernando Sineiro.
O sufrágio deveria ter ocorrido em 30 de março e foi suspenso duas semanas antes, sem candidaturas anunciadas e em articulação com as recomendações das autoridades sanitárias, ficando dependente da evolução do novo coronavírus.
“As listas completas candidatas aos corpos sociais deverão ser dirigidas em envelope fechado e lacrado ao presidente da Mesa da Assembleia-Geral e entregues nos serviços administrativos do clube até às 18:00 de 09 de junho”, termina o documento.
Natural da freguesia barcelense de Abade de Neiva, Francisco Dias da Silva reassumiu a liderança do Gil Vicente em maio de 2017, após uma passagem inicial na temporada 1989/90, que consagrou uma subida inédita dos minhotos ao escalão principal.
Enquanto impulsionava a recuperação do Óquei de Barcelos entre 2012 e 2019, traduzida em duas conquistas consecutivas da Taça CERS em 2016 e 2017, o empresário foi eleito com 1.831 votos na lista única que liderou ao sufrágio gilista.
Francisco Dias da Silva sucedeu ao atual presidente honorário António Fiusa, que decidiu encerrar um ciclo de 13 anos à frente dos ‘galos’, marcados pela reintegração administrativa do Gil Vicente na I Liga, na sequência do ‘caso Mateus’.
Após uma temporada sem competir no Campeonato de Portugal, os minhotos têm superado as expectativas na I Liga, ocupando a nona posição ao fim de 24 jornadas, com os mesmos 30 pontos de Moreirense e Santa Clara, 14 acima da zona de descida.
No plano de desconfinamento face à pandemia de covid-19, o Governo autorizou a realização à porta fechada dos 90 jogos do campeonato, que é liderado pelo FC Porto, com um ponto de vantagem sobre o campeão Benfica, e da final da Taça de Portugal, entre ‘dragões’ e ‘águias’, tendo excluído a continuidade da II Liga.
Os campeonatos de França e dos Países Baixos foram cancelados, enquanto outros países preparam o regresso gradual com fortes restrições, como sucede na Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha e Portugal, que aponta o reinício da I Liga para 04 de junho.