O seu nome evoca de imediato os famosos western spaghetti de Sergio Leone. Mas o compositor italiano compôs música para mais de meio milhar de filmes e resistia a que o reduzissem a essa “camisa-de-forças”. Coroado tardiamente com um Óscar, em 2016, morreu esta madrugada em Roma, aos 91 anos.
Nenhum outro compositor de música para cinema terá obtido o reconhecimento global de Ennio Morricone, “Il Maestro” (como fazia questão de ser tratado). Algumas das suas criações mais reconhecíveis fazem hoje parte indelével da cultura popular – desde o “uivo” do genérico de O Bom, o Mau e o Vilão (1966), citado em dezenas de homenagens e paródias, ao diálogo entre flautas de pã e coros tribais de A Missão (1986). Os Metallica sobem a palco ao som de The ecstasy of gold, da banda sonora de “O Bom, o Mau e o Vilão” (1966), também de Sergio Leone, protagonizado por Clint Eastwood. Até hoje, vendeu mais de 70 milhões de discos.
O compositor e maestro italiano Ennio Morricone, autor de algumas das mais celebradas, premiadas e populares bandas sonoras da história do cinema — como claro exemplo, o tema principal de “Era Uma Vez na América“, de Sergio Leone — morreu na madrugada desta segunda-feira, aos 91 anos, numa clínica em Roma, depois de complicações devido a uma fratura no fémur causada por uma queda, esclareceram os jornais italianos como o La Repubblica.
O funeral será privado “em respeito pela humildade que sempre caracterizou a sua existência”, informou o advogado da família, acrescentando que o compositor “esteve totalmente lúcido e manteve uma grande dignidade até ao último momento”.