O piloto da DS Techeetah garantiu, este domingo, o primeiro título mundial da história do automobilismo de pista português. Foi segundo classificado na corrida disputada no Aeroporto de Tempelhof, em Berlim, e, a duas jornadas do final da temporada, sucede ao companheiro de equipa Jean-Éric Vergne no lote de vencedores do mundial de monolugares elétricos.
Presente no campeonato desde o início, António Félix da Costa teve uma primeira época de sonho ao serviço da DS Techeetah, lidando da melhor forma com a interrupção das provas por causa da pandemia de covid-19.
Depois do triunfo em Marraquexe, Marrocos, ainda antes de o mundo parar, o regresso às pistas foi absolutamente demolidor. Venceu as primeiras duas (de seis) corridas em Berlim que fecham o campeonato, foi quarto classificado na terceira e, este domingo, controlou na perfeição as emoções para atingir o maior sucesso da carreira desportiva.
Depois de ter alcançado o segundo melhor tempo na qualificação, apenas batido por Vergne, António Félix da Costa recebeu a primeira boa notícia logo na primeira volta. O principal adversário na luta pelo título, Maximilian Guenther (BMW), ficou fora de prova, depois de um toque, e abriu a porta ao português que, na verdade, nem precisava de ajuda de terceiros.
O “formiga” chegou a passar pela liderança da corrida, controlou a reação dos adversários e quando viu a bandeira de xadrez escreveu uma página inédita na história do desporto português.