“As escolas não podem voltar a fechar, os idosos não podem deixar de ter visitas nos lares. Seria impensável ter um Natal como tivemos a Páscoa”, diz António Costa, apelando ao esforço individual de cada um no controlo da pandemia, sem voltar às restrições e medidas de confinamento aplicadas em Março.
“Acompanhando a tendência geral da Europa estamos a sofrer um forte crescimento de novos casos diariamente. A manter-se esta tendência, na próxima semana chegaremos aos mil novos casos por dia”, começou por assinalar o primeiro-ministro esta sexta-feira, no final da reunião de urgência com o gabinete de crise, para o acompanhamento da evolução da covid-19. O encontro, agendado para as 11h30 na residência do primeiro-ministro, em S. Bento, começou pelas 12h30 e durou aproximadamente 1h30.
O primeiro-ministro adianta que na próxima semana a Direcção-Geral de Saúde (DGS) apresentará um plano de combate à covid-19 pensado para os desafios trazidos pelo Outono/Inverno. Ainda assim, o primeiro-ministro insiste que mais importante do que conhecer novas medidas é cumprir aquelas que estão já em vigor.
“Parar o país teve um custo enorme. Foi horrível. Destruiu milhares de postos de trabalho. Os custos de não haver aulas presenciais foram muito significativos. Nas primeiras cinco semanas deste ano lectivo vai ser feito um esforço de recuperar o que se perdeu. Se todos cumprirmos as regras básicas, conseguimos controlar a pandemia. O vírus não anda sozinho. Somos nós que os transmitimos uns aos outros. Tudo o resto é importante, mas é acessório. É claro que temos de reforçar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde, de testar mais e mais rápido. Mas antes de tudo mais temos de fazer o que depende de nós.”
António Costa recorda as “cinco regras fundamentais” para combater a pandemia
O primeiro-ministro assinalou cinco regras fundamentais para travar o crescimento da pandemia:
- Uso da máscara sempre que possível
- Higiene das mãos
- Respeitar a etiqueta respiratória, tossindo para o cotovelo
- Manter o afastamento físico adequado em cada circunstância
- Usar a app Stay Away Covid
António Costa repetiu que “o custo social” do confinamento foi brutal, lembrando o sofrimento pessoal e das famílias, além do impacto económico e por isso descartou um novo confinamento como solução de combate à pandemia.