O Governo esteve reunido esta segunda-feira em Conselho de Ministros extraordinário para aprovar medidas adicionais de combate à Covid-19, face ao agravamento dos efeitos da pandemia em Portugal.
Terminou a reunião de Conselho de Ministros extraordinária, realizada esta tarde, que teve como objetivo aprovar medidas adicionais ao confinamento geral, já em vigor desde as 00h00 do passado dia 15 de janeiro, para travar o exponencial crescimento da pandemia em Portugal.
Começando por alertar para o facto de, neste momento, estar em causa a “saúde e a vida de cada um de nós e de quem nos rodeia”, o primeiro-ministro sublinhou que “não é aceitável mantermos este nível de circulação” verificados desde que entrou em vigor o confinamento geral.
De acordo com os dados reunidos pelo Executivo, “entre sexta e ontem, comparativamente com sexta e domingo da semana anterior, tivemos uma redução de 30% das movimentações”.
Perante a situação, António Costa anunciou que passa a ser proibido a “venda ou entrega ao postigo, em qualquer estabelecimento do ramo não alimentar”, a “venda ou entrega em cafés ou em estabelecimentos em ‘take away'” e o consumo “à porta ou na via pública” nas imediações destes estabelecimentos.
“Está também proibida a circulação entre concelhos”, revelou.
O primeiro-ministro também avançou que “serão encerrados todos os espaços de restauração em centros comerciais, mesmo em regime de ‘take away’ e que serão proibidas todas as campanhas de saldos e de promoções”.
Sobre os espaços públicos, será também proibida a permanência nestes locais, como por exemplo, nos jardins.
“Solicitamos a todos os presidentes das câmaras municipais que limitem acesso a locais de grande concentração de pessoas como frentes ribeirinhas, parques infantis e equipamentos desportivos”, informou.
De recordar que no domingo, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou que a situação “é muito crítica” e considerou que o confinamento não está a ser levado a sério. O chefe de Estado admitiu, aliás, um agravamento de medidas, que disse que apoiará, se for essa a decisão do Governo.
Também a ministra da Saúde, Marta Temido, se mostrou preocupada com o comportamento dos portugueses e alertou que todo o sistema de saúde está “muito próximo do limite”.