O antigo deputado socialista na Assembleia da República, Martinho Gonçalves, teceu hoje duras críticas a militantes que recentemente se filiaram no partido em Vila Verde, a quem acusa de estarem à procura de “tachos”.
Martinho Gonçalves foi deputado à Assembleia da República durante a VII legislatura, quando António Guterres era chefe de Governo, e foi cabeça de lista pelos socialistas à Assembleia Municipal de Vila Verde, em 2017, afastando-se recentemente daquela concelho após divergências com a Federação de Braga do PS.
Na sua conta pessoal de Facebook, o antigo deputado diz que a concelhia de Vila Verde tem “sido procurado por gente que de socialistas pouco ou nada têm e de seriedade política muito menos”.
Sem apontar nomes em concreto, o socialista assegura que se trata de “gente que, tendo-se juntado com o pior que o PS de Vila Verde já tinha e aliando-se àqueles dirigentes que no distrito sempre nos combateram, veio mais em busca de empregos do que de militância partidária”.
“Gente que respeita mais – e até venera… – aqueles que lhes podem ajudar a colocar nos vergonhosos tachos na Administração Publica ou numa qualquer empresa estatal”, acusa.
“Gente que é capaz de trair os seus camaradas vilaverdenses, para agradar aos mandantes da destruição do PS de Vila Verde. Tudo isto me entristece, embora não seja nenhuma novidade. E tudo isto leva as pessoas a se afastarem”, acrescenta.
Martinho Gonçalves diz não ter paciência “para aturar essa gente e de os combater”, deixando essa função para “os mais novos”. “Certamente, terão mais vontade e, especialmente, mais paciência para aturar essa gente e de os combater com a força da sua juventude”, finaliza.
Recentemente, o PS de Vila Verde conheceu várias demissões, que passaram pelo líder da concelhia, Samuel Estrada, até ao anúncio do anterior candidato à Câmara, José Morais, que anunciou a sua saída da vida política.
O MINHO sabe que em Vila Verde ganha força a fação ligada a Joaquim Barreto, presidente da Federação Distrital (e oposta a Martinho Gonçalves), que inclui os nomes do presidente da Junta de Soutelo, Filipe Silva, que trabalha também como executivo nas Águas do Norte, e o seu irmão João Silva, advogado e deputado municipal pelo PS.