A ministra da Saúde admite vacinar professores e funcionários das escolas, revelando que essa “hipótese está a ser analisada em Portugal e noutros países”.
“Poderá fazer sentido que os adultos que trabalham nesses locais tenham uma vacinação diferenciada”, disse Marta Temido, esta terça-feira à noite, em entrevista à SIC.
Questionada sobre se poderá existir algum critério para a vacinação desses profissionais, como a idade ou a existência de doenças prévias, a governante lembrou que essas condições não foram tidas em conta para vacinar profissionais de saúde ou trabalhadores nas estruturas residenciais para os idosos.
Sobre a reabertura das escolas, Marta Temido sublinhou que só a 11 de março, quando o primeiro-ministro anunciar o plano de desconfinamento, é que se conhecerão as regras, não especificando que níveis de ensino deverão ser os primeiros a recomeçar a atividade letiva.
“Vamos passo a passo. Vamos abrindo aquilo que é possível abrir”, frisou.
Vacinar 50 pessoas por hora
A ministra adiantou ainda que até final do mês 80% da população com mais de 80 anos deverá estar vacinada. Mas revelou que só está estabelecido o calendário de entregas para março não podendo ainda antecipar quantas vacinas serão dadas até final do primeiro semestre.
Mas a meta continua a ser a de ter 70% da população vacinada até ao fim do verão.
A governante antecipou que no segundo semestre comecem a chegar as doses da vacina da Jansen, que será avaliada pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) também no próximo dia 11 de março.
Marta Temido revelou ainda que já foi publicada, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), a orientação para os centros de vacinação.
A DGS recomenda que os Centros de Vacinação Covid-19 (CVC) “sejam constituídos por um ou mais módulos de vacinação, cada um com cinco postos de vacinação (cinco enfermeiros) e com a capacidade de vacinar cerca de 50 pessoas por hora.
Questionada sobre a meta da realização de 100 mil testes diários, a ministra sublinhou que já se realizaram num dia 77 mil testes, “com uma norma de rasteio distinta da de hoje”, em vigor.
“O objetivo é elevar o número de testes por dia em função dos rastreios em determinados focos”, como nas atividades onde haja risco elevado de exposição, explicou sem se comprometer com “um número mágico”.