A estratégia nacional de testagem já começou a ser preparada e a equipa a desenhá-la compromete-se a apresentar uma proposta “muito rapidamente” ao Governo. Task-force já encomendou 12 a 13 milhões de testes e quer fazer rastreios “onde quer que haja aglomeração de pessoas”.
Depois de se ter reunido ontem, a task-force para a estratégia nacional de testagem já começou a traçar um plano, que passa por instalar postos de testagem nas universidades, em espetáculos, perto dos transportes públicos e em qualquer espaço onde seja possível a aglomeração de pessoas.
Estas ideias foram avançadas ao jornal Público pelo presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Fernando Almeida, que coordena esta task-force. “O conceito é prevenir, testar e diagnosticar”, explica o responsável, adiantando que, para colocar o plano em prática, “vêm a caminho mais 12 a 13 milhões de testes, dos quais entre 750 mil a um milhão chegam já dentro de dias” para se juntar à reserva estratégica de 1,5 milhões de testes já criada.
Outra das medidas a criar é a implementação de equipas de intervenção rápida nas cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS), sendo que, existindo já “alguns exemplos destas equipas rápidas de testagem, a ideia é pegar neste exemplo e multiplicá-lo”, disse Fernando Almeida.
Quanto a esta estratégia, Fernando Almeida compromete-se que a testagem chegará a todos, incluindo pessoas em situação de sem-abrigo, trabalhadores sazonais e migrantes. “Não podemos deixar de fora as franjas sociais, porque, além de maciça e sistemática, a testagem tem de ser inclusiva e participativa, isto é, para todos e com todos”, reforçou o presidente do INSA.
Dentro do plano que a task-force se compromete a apresentar “muito rapidamente” ao Governo encontra-se a hipótese de ter “um ou de vários” postos de testagem à entrada de espetáculos, concertos e festivais. “Não vejo por que é que não se possa garantir uma regra no sentido de, do mesmo modo que as pessoas precisam de um bilhete para ver o espectáculo, devam também ter um bilhete que diga que aquela pessoa ‘está negativa’”, adiantou o coordenador. A medida pode assim condicionar a realização dos eventos. “As negociações terão depois de ser feitas entre a entidade organizadora do evento e a DGS”, defendeu