António Salvador apresentou oficialmente, esta sexta-feira à tarde, num hotel da cidade dos Arcebispos, a recandidatura à presidência do S. C. Braga nas eleições marcadas para 21 de maio.

No cargo desde 2003, o atual responsável máximo pelo emblema minhoto quer voltar a assumir o destino do clube por mais quatro anos (quadriénio 2021/25) e, assim, ultrapassar as duas décadas na presidência.

As eleições terão lugar a 21 de maio e, até ao momento, é a única lista candidata, sendo que a data de entrega das candidaturas termina 15 dias antes.

António Salvador fez um discurso emocionado, no qual não esqueceu o apoio da família ao longo do tempo que leva como presidente do S. C. Braga. E salientou: “É um enorme orgulho após 18 anos apresentar a recandidatura, num cargo que tanto me honra”

José Manuel Fernandes, que volta a ser candidato a presidente da Mesa da Assembleia-Geral, enalteceu o trabalho de António Salvador à frente do S. C. Braga. “O presidente é uma garantia de sucesso e não podemos andar para trás. Entre os sócios do clube, não tenho dúvidas que é o melhor”, completou.

A professora universitária Felisbela Lopes é a preseidente da Comissão de Honra da candidatura, uma função que muito lhe agradou. “Aceitei o convite com muito gosto. António Salvador é o melhor presidente que o Braga pode ter hoje”, avançou.

Joel Pereira, atual diretor para as modalidades, Hugo Vieira (coordenador do futebol de formação) e Cláudio Couto são as novidades na lista candidata para a nova direção. Para além de José Manuel Fernandes, continuam a integrar o elenco diretivo Gaspar Vieira de Castro na presidência do Conselho Fiscal, surgindo Luís Machado, antigo presidente da direção na década de 90 no século passado, como presidente do Conselho Geral.

António Salvador comentou ainda um dos temas que mais afetam atualmente o futebol português: a diferença orçamental entre os diferentes clubes. “É um problema que vivemos em Portugal, infelizmente. É uma das lutas que temos de trabalhar, encurtar distâncias, especialmente em questões orçamentais, para os grandes. A diferença é muito grande para esses clubes [três grandes]. Agora com a centralização dos direitos televisivos, há que encurtar distâncias para que haja campeonato, não só para o Braga, mas para todas as equipas. Mais equidade em termos financeiros para que clubes possam lutar com as mesmas armas.”, defendeu o recandidato à presidência do Sp. Braga.

Com o lema «Este é o nosso Braga», o dirigente apresentou o seu programa eleitoral para o quadriénio 2021/25, cujas eleições decorrem em 21 de maio, sobressaindo a intenção de encontrar «uma solução para aproximar o clube ao centro da cidade, um estádio de terceira geração virado» para os sócios, adeptos e suas famílias.

«Durante um ano fizemos um estudo, em que ouvimos os sócios e os adeptos, a sociedade e o tecido empresarial para melhorar o atual estádio [municipal] e a conclusão foi que ele não serve para os adeptos e que é um entrave para o crescimento do Sporting de Braga, porque não foi construído para a vertente desportiva e para a emoção do que é um jogo de futebol. O estádio foi construído para ganhar prémios de arquitetura», disse.

Assim sendo, o presidente dos bracarenses quer reconstruir o 1.º de Maio, demolindo as bancadas e o seu interior, em franco processo de degradação, mas mantendo a fachada e «todo o património», construindo um estádio coberto, sem pista de atletista, para 20 mil espetadores que custaria cerca de 60 milhões de euros, totalmente pago pelo clube. 

No campo relvado anexo ao Estádio 1.º de Maio, seria construído um edifício para fins comerciais.

Salvador abordou ainda o pedido de António Pedro Peixoto, seu adversário em 2017 e que não avançou este ano, de rever os estatutos que obrigam a que um candidato tenha que incluir na sua lista proponente ao Conselho Geral (órgão consultivo do clube formado por antigos presidentes e sócios beneméritos) alguém que o integre, desiderato que não foi conseguido pelo antigo guarda-redes de futsal do Sporting de Braga.

«Esses estatutos já existiam quando cá cheguei há 18 anos. O Conselho Geral é um órgão consultivo, não tem ação direta na gestão ativa do clube. Acho muito bem que sejam os antigos presidentes a presidir ao Conselho Geral e que mudem a um novo mandato», referiu. 

António Salvador disse ainda que, nos próximos quatro anos, quer continuar a «encurtar distâncias» para os três crónicos candidatos ao título embora sem assumir o desejo de ser campeão nacional e frisou a vontade de concluir a segunda fase da cidade desportiva, nomeadamente o pavilhão multiúsos, obra que está em andamento.

As eleições dos órgãos sociais do clube acontece a 21 de maio.

Veja aqui os orgãos sociais da recandidatura de António Salvador:

http://esteeobraga.pt/orgaos-sociais/