Milhares de brasileiros manifestaram-se hoje em todo o país contra o Presidente Jair Bolsonaro, que está sob investigação desde sexta-feira por suspeita de não comunicar uma tentativa de suborno num contrato de compra de vacinas.

“São já mais de 500.000 pessoas assassinadas por este governo como consequência de políticas falaciosas, notícias falsas, mentiras, e agora este escândalo absurdo de corrupção em torno das vacinas”, disse à agência de notícias francesa AFP a médica Patricia de Lima Mendes, de 47 anos, e uma das manifestantes na cidade do Rio de Janeiro.

Neste terceiro dia de mobilização, desde o final de maio, para exigir a saída do Presidente Jair Bolsonaro, realizaram-se manifestações, respondendo a apelos da oposição brasileira também em Belém (norte do país), Recife (nordeste) e Maceió (nordeste), onde os manifestantes empunhavam cartazes onde se lia: “Bolsonaro genocida”, “Impeachment agora mesmo” ou “Sim às vacinas”.

O Presidente Bolsonaro é suspeito de fazer ‘vista grossa’ às suspeitas de corrupção relatadas por um funcionário do Ministério da Saúde.

Testemunhando perante a Comissão de Investigação do Senado (CPI), aquele responsável do setor da saúde disse que foi “atipicamente pressionado” a aprovar a importação de doses da vacina indiana Covaxin, que considerava sobrevalorizada.