O Benfica alcançou hoje o sétimo triunfo nos primeiros sete jogos da I Liga portuguesa de futebol, ao vencer no terreno do Vitória SC, por 3-1, com Yaremchuk a marcar dois golos.

O líder do campeonato dominou quase toda a primeira parte e, apesar dos esporádicos lances de perigo vimaranenses, ‘coroou’ essa supremacia um ‘bis’ do avançado ucraniano aos minutos 30 e 41, que lhe deram conforto para a segunda parte, marcada pela falta de critério de ambas as equipas na hora de definir os ataques.

Após desperdiçar alguns contra-ataques, a turma da Luz dilatou o resultado para 3-0, por João Mário, aos 73 minutos, antes de Bruno Duarte reduzir para os vitorianos, aos 78, de grande penalidade.

Com este resultado, as ‘águias’ chegaram aos 21 pontos, repondo a distância de quatro pontos para os ‘perseguidores’ FC Porto e Sporting, e ‘deram’ ao treinador Jorge Jesus o melhor arranque da carreira no escalão maior, já que o seu recorde até hoje era de seis vitórias a abrir, na época 2017/18, pelo Sporting.

Já a equipa treinada por Pepa, prejudicada pelos erros no centro da defesa na primeira parte e pelas sucessivas hesitações na hora de rematar à baliza quando atacava, continua com um triunfo em sete desafios e mantém o 10.º lugar, com sete pontos.

Com Valentino Lázaro em estreia absoluta na ala direita, em vez de Diogo Gonçalves, os lisboetas dominaram quase todos os primeiros 45 minutos, com uma precisão nas trocas de bola que fazia e uma pressão junto à área vimaranense, que só não deu ‘frutos’ mais cedo por causa dos erros no último passe.

O Vitória ainda ameaçou o golo inaugural por Oscar Estupiñán, num desvio que ‘esbarrou’ em Vlachodimos, aos 10 minutos, e num cabeceamento por cima, aos 15, mas esses ‘calafrios’ não abalaram a postura ‘encarnada’ em campo, que se revelou cada vez mais ameaçadora, com Yaremchuk, aos 22, e Rafa, aos 23, a falharem o tento inaugural por pouco.

Os comandados de Jorge Jesus acabaram por ‘colorir o marcador’ à meia hora de jogo, quando Yaremchuk se isolou com um passe de Vertonghen, a ‘romper’ o espaço entre Borevkovic e Alfa Semedo, e ‘picou’ a bola sobre Matous Trmal.

Os vimaranenses reagiram de pronto, mas um erro ‘crasso’ de Borevkovic na saída de bola permitiu ao ponta de lança contratado ao Gent no último verão isolar-se, contornar Trmal e apontar o seu quarto golo da época, com a bola a ressaltar em Abdul Mumin.

O Benfica ainda ameaçou o terceiro golo até ao intervalo, perante um adversário desorientado que só recuperou o ‘norte’ após o intervalo e desperdiçou a primeira ocasião da segunda parte, por Marcus Edwards, aos 48 minutos.

A partir daí, o encontro decorreu com atrapalhações de parte a parte, com o Benfica a falhar na gestão da posse de bola e a permitir contra-ataques ao Vitória, embora sem qualquer proveito.

Num dos contra-ataques das ‘águias’, João Mário enquadrou-se com a baliza e fez o 3-0 com um remate colocado, indefensável para o guardião vimaranense, aos 73 minutos.

Um penálti de Lucas Veríssimo sobre Rochinha, aos 77 minutos, permitiu aos anfitriões reduzirem a diferença, por Bruno Duarte, e ganharem ‘ânimo’ para uma última reação, em que os vimaranenses se aproximaram com frequência da área benfiquista, mas com escassos remates perigosos.

Pepa, treinador do Vitória de Guimarães, analisou na conferência de imprensa pós-jogo a derrota frente ao Benfica, por 3-1, em jogo da 7.ª jornada da Liga:

«A nossa primeira parte foi irreconhecível. Estivemos muito mal com bola, sem bola… A verdade é que mesmo assim conseguimos ter duas oportunidades de golo. Agora, deixámos o Benfica pensar, fomos pouco pressionantes, precipitados e estávamos a esconder-nos do jogo. Foi irreconhecível, mesmo.»

«Na segunda parte, podíamos continuar precipitados e perdidos, mas não. Entrámos muito bem. Tivemos mais qualidade, mais mobilidade. Na segunda parte estivemos por cima. O ingrato foi quando estávamos à procura de entrar no jogo, sofremos o 3-0. Pagámos muito caro a má primeira parte que fizemos. A frustração que fica é acabar o jogo e ficarmos com a sensação de darmos 45 minutos de avanço. Aquela primeira parte paga-se caro. Depois tentámos de tudo e acabámos por ser pouco felizes. Na primeira fomos castigados por tudo o que não fizemos de bom.»

«Na primeira parte fomos pouco pressionantes. Isso deu liberdade na construção para o Benfica decidir. Na segunda parte, com o Alfa mais subido, fomos mais pressionantes. Ganhámos mais bola no segundo terço do campo. Tivemos mais bola e ninguém se escondeu do jogo. Ficámos frustrados a incapacidade de ter bola. Sujeitámo-nos a perder várias bolas no corredor central. Não fomos capazes nem competentes. Tudo o que de mau podia acontecer, aconteceu na primeira parte. O Benfica foi muito competente. Quatro remates enquadrados e teve eficácia. Com 0-0 lembro-me de dois lances do Oscar Estupiñán. Houve personalidade na segunda parte para jogarmos aquilo que sabemos.»

Ficha de jogo

Jogo no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.

Vitória SC – Benfica, 1-3.

Ao intervalo: 0-2.

Marcadores:

0-1, Yaremchuk, 30 minutos.

0-2, Yaremchuk, 41.

0-3, João Mário, 73.

1-3, Bruno Duarte, 78 (grande penalidade).

Equipas:

– Vitória SC: Matous Trmal, Sacko, Abdul Mumin, Borevkovic, Rafa Soares, Alfa Semedo, André André (André Almeida, 70), Tiago Silva (Janvier, 81), Quaresma (Rochinha, 70), Marcus Edwards (Rúben Lameiras, 76) e Oscar Estupiñán (Bruno Duarte, 76).

(Suplentes: Bruno Varela, André Amaro, Sílvio, Tomás Händel, Janvier, André Almeida, Rúben Lameiras, Rochinha e Bruno Duarte).

Treinador: Pepa.

– Benfica: Vlachodimos, Lucas Veríssimo, Otamendi, Vertonghen, Valentino Lázaro, Weigl (Gedson, 76), João Mário (Meite, 75), Grimaldo (Gil Dias, 87), Rafa (Everton, 87), Darwin e Yaremchuk (Pizzi, 66).

(Suplentes: Helton Leite, André Almeida, Morato, Meite, Gedson, Pizzi, Gil Dias, Everton e Rodrigo Pinho).

Treinador: Jorge Jesus.

Árbitro: Luís Godinho (Associação de Futebol de Évora).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Otamendi (83).

Assistência: 14.222 espetadores.