Polícia Judiciária terá mais 200 inspetores até ao final de 2022

Nos últimos quatro anos foi possível reforçar o quadro de inspetores de investigação criminal em cerca de 440 pessoas, indicou o diretor nacional Luís Neves
A Polícia Judiciária (PJ) vai ter cerca de 200 novos inspetores até ao final de 2022, anunciou, nesta quinta-feira, o diretor nacional, Luís Neves.

Luís Neves referia-se aos 100 inspetores que entram em funções no próximo dia 4 de fevereiro e aos 100 formandos que iniciam o curso a 10 de janeiro. Será, ainda, aberto um concurso ainda este ano, para formação de mais 70 inspetores, com arranque previsto para 2023.

Na abertura de um colóquio a propósito do Dia Internacional de Combate à Corrupção, que contou também com as presenças do primeiro-ministro, António Costa, da ministra da Justiça, Francisca van Dunem, e da procuradora-geral da República, Lucília Gago, o diretor nacional da PJ disse que cerca de uma centena de novos inspetores já concluiu a sua formação e que a instituição estará “mais apta a assumir todas as responsabilidades no combate à corrupção”.

“No próximo dia 10 de janeiro, iremos iniciar o 44.º curso de formação para mais 100 novos inspetores. Para todos vós, sangue novo, envio uma mensagem de felicitações por se juntarem a nós. Em finais de 2022 esperamos contar com mais 70 elementos a acrescentar a estes 200, no 45.º curso. Trata-se de um reforço único na PJ”, vincou Luís Neves, salientando que a estes elementos se juntarão ainda “no próximo ano mais 65 peritos”.

O diretor nacional da PJ destacou, também, o reforço de formação em áreas relevantes para o combate à corrupção e criminalidade económico-financeira e explicou que “parte substancial dos meios que doravante forem alocados à instituição” serão dirigidos ao combate à corrupção e ao cibercrime.

“Vamos acelerar a formação em direito bancário, contratação pública, branqueamento de capitais, utilização de ‘offshores’, direito desportivo, evasão fiscal e uso de criptomoedas. Quando falamos de corrupção e criminalidade económica-financeira associada, as vítimas somos todos nós”, argumentou.

Luís Neves realçou, igualmente, o “momento único de reforço e apetrechamento digital” da Polícia Judiciária, sem deixar de notar que “o grande obstáculo à celeridade se encontra no gap das perícias tecnológicas”, face à necessidade de analisar grandes quantidades de informação.