O PSD inicia ‘volta’ de campanha para as legislativas em 16 de janeiro em Braga, com modelo de campanha “muito parecido” ao de 2019, sem almoços ou jantares comício, e com ações temáticas diárias.

PSD vai arrancar a ‘volta’ de campanha para as legislativas em 16 de janeiro em Braga, com ações pontuais previstas até lá em Lisboa, Porto e Santarém, nos ‘intervalos’ das participações de Rui Rio nos debates televisivos.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral do PSD, José Silvano, explicou que o modelo de campanha será “muito parecido” ao de 2019, sem almoços ou jantares comício, e com ações temáticas diárias sobre o programa eleitoral do partido, que deverá ser apresentado no final desta semana, em Lisboa.

Apesar de os partidos políticos não estarem abrangidos pelas limitações impostas pela pandemia de covid-19, os sociais-democratas comprometem-se a seguir todas as normas determinadas pela Direção Geral da Saúde (DGS) no período em que decorre a campanha, entre 16 e 28 de janeiro.

Quanto à principal mensagem de campanha, o secretário-geral do PSD adiantou que, tal como o líder do PS tem feito, os sociais-democratas irão insistir em que “os candidatos a primeiro-ministro são o dr. Rui Rio e o dr. António Costa”.

“Aceitamos pacificamente a solução que o PS encontrou e centrar a campanha nos candidatos a primeiro-ministro e na bipolarização destas eleições”, afirmou.

Devido aos dois debates entre todos os partidos previstos já para o período oficial de campanha, nos dias 17 e 20 de janeiro a caravana do PSD terá de estar em Lisboa, pelo que no tempo que resta será necessário percorrer quase sempre dois distritos por dia.

“Apenas Lisboa, Braga, Porto, Aveiro e Coimbra terão dias completos de campanha no mesmo distrito”, precisou José Silvano.

De manhã, o PSD irá privilegiar visitas a instituições ou de comércio locais – “com pouca gente e as preocupações necessárias”, ressalva o secretário-geral -, que se repetirão à tarde já noutro local.

A última ação de campanha do dia, previsivelmente ao final da tarde, será temática (tal como na campanha para as legislativas de 2019), centrada numa área concreta do programa do PSD, cada dia diferente.

“Em princípio, estas ações serão realizadas na rua, em tendas montadas para o efeito”, explicou José Silvano, precisando que em cada uma delas não deverão estar mais de 50 ou 60 pessoas, e que poderão interagir com os candidatos e o presidente do PSD, Rui Rio.

Foi na campanha para as legislativas de 2019 que o PSD inaugurou o modelo das ‘talks’ (conversas, em inglês), sessões de esclarecimento que substituíram os tradicionais comícios nas quais Rio respondia a perguntas de pessoas (a maioria previamente inscritas e selecionadas) dos vários distritos sobre o tema escolhido para cada dia, em audiências que variaram entre as 100 ou as 400 pessoas na altura.

Segundo José Silvano, Rui Rio passará nas próximas semanas pelos 18 distritos do Continente, não estando previstas deslocações às Regiões Autónomas, devido ao pouco tempo deixado pela multiplicação de ‘frente-a-frente’.

Ainda antes do arranque da campanha oficial, o presidente do PSD irá ao distrito de Santarém, no dia 11, e terá ações pontuais em Lisboa e no Porto nos dias em que não participar em debates.

Na campanha oficial, o PSD fará o arranque em Braga e o encerramento em Lisboa, dois dias antes das legislativas antecipadas – devido ao ‘chumbo’ do Orçamento do Estado para 2022 – de 30 de janeiro.